O computador e a internet são meios de comunicação
cada vez mais utilizados pela população, tendo diversas finalidades, sendo uma
delas a interação virtual. A partir dos anos 70, os computadores, que antes
eram máquinas de uso restrito às indústrias públicas e privadas e às
universidades, foram fazendo parte da casa das pessoas e, consequentemente, de
suas vidas pessoais (PINTO, 2009).
Na contemporaneidade, existem inúmeras redes
sociais que estão ao alcance das mãos; basta ter acesso à internet, seja pelo computador
ou aparelho celular smartphone. Kirkpatrick, citado por Marra
e Rosa e Santos (2013), nos mostra que o Facebook é a rede social a qual mais
tem usuários no mundo inteiro, sendo que o Brasil é um dos países em que o
número de usuários aumenta a cada ano.
O Facebook, por exemplo, serve como agenda, lugar de encontros, debates,
compras, ofertas e é também lugar de exibicionismo. Essa é a realidade construída a partir dos meios de comunicação da
internet. As redes sociais surgiram no final da década de 1990 e se
desenvolveram muito rapidamente no mundo inteiro, conectando milhares de
usuários de diferentes lugares do mundo (MARRA E ROSA; SANTOS, 2013).
Entretanto, a tecnologia das redes sociais é aliada
por um lado, por ser facilitadora da comunicação, mas também pode influenciar a
vida do indivíduo e até mesmo lhe trazer prejuízos, sendo assim um assunto
complexo. Como afirma Pinto (2009), ao mesmo tempo em que a conexão com a
internet proporciona aumento da quantidade de amizades, ocorre também um distanciamento
das relações reais. “Ao se entranhar pelo mundo virtual, o indivíduo se
dispersa na rede infinita de contatos que a internet oferece, raramente
estabelecendo vínculos permanentes” (PINTO, 2009, p. 70).
Segundo Lévy (1996), a virtualidade não é uma
desrealização (alteração da sensação a respeito de si próprio), mas sim uma
mutação de identidade. O autor considera que o virtual é mediado pela
tecnologia, produto da externalização de construções mentais em espaços de
interações cibernéticos. Conforme o autor, a realidade virtual transmite mais
do que imagens, transmite uma quase presença e o virtual existe sem estar
presente.
Lévy (2010) assinala que o desenvolvimento de redes
sociais talvez seja um dos maiores acontecimentos dos últimos anos, por ser uma
nova maneira de “fazer sociedade” devido ao âmbito da internet.
Como afirma Dornelles (2004), a internet permite às
pessoas explorarem facetas de sua personalidade que têm expressão limitada nas
relações sociais presenciais offline. Para o autor, comunicação virtual pode
favorecer o autoconhecimento e vínculos saudáveis com outras pessoas, mas por
outro lado, também favorece comportamentos compulsivos. Esses comportamentos podem ser, por exemplo, postar demasiadamente
atualizações na rede social, atualizações estas que variam desde fotos,
músicas, textos até check-in do lugar onde se está. São comportamentos de
postar tudo o que se está fazendo e assim expor a vida na rede, seja ela
Facebook, Instagram, Twitter, Tumblr ou até mesmo em mais redes ao mesmo tempo,
o que é facilitado pelo botão “compartilhar”.
As limitações impostas pela sociedade ao
comportamento individual parecem não participar da vida online, o que estimula
a auto-expressão livre, que, por sua vez, pode favorecer o desenvolvimento de uma
nova identidade (DORNELLES, 2004). Ou seja, como se no espaço virtual o
indivíduo estivesse livre para expressar-se da maneira como deseja sem se
preocupar com as regras da sociedade.
Na mitologia grega, o mito do Narciso dá origem ao
termo narcisista. Greene e Sharman-Burke (2001) contam que Narciso era uma
criança linda, pela qual sua mãe nutria muito amor e admiração. Por causa da
beleza excessiva do filho, a mãe, preocupada, levou-o até um sábio. Foi então
revelado que Narciso só teria uma vida longa se nunca enxergasse a sua própria
imagem. Durante um longo período foi o que aconteceu; os pais esconderam todos
os espelhos da redondeza para que Narciso crescesse sem jamais enxergar seu
reflexo no espelho. Até que, certa vez, ele se aproximou do rio e viu uma
imagem pela qual se apaixonou: Narciso estava apaixonado por si mesmo.
Conforme Freud (1914), o narcisismo surge deslocado
em direção ao ego ideal, que se acha possuidor de toda perfeição, isto é, a
ideia de ser o máximo, o melhor. E o sujeito não está disposto a renunciar a
essa perfeição narcísica da infância. Já Lacan (1998) afirma a importância da
imagem corporal para a formação do eu; é a partir do outro que o eu se
constitui. O estádio do espelho de Lacan se refere à questão da imagem adquirida
pela criança demonstrada pela relação estabelecida entre ela e sua imagem no
espelho. Então, o estádio do espelho mostra que a partir da imagem corporal, a
criança estabelece uma diferença entre seu corpo e o mundo externo.
Já segundo Miguelez (2005), o narcisismo está
relacionado à cultura e os fenômenos sociais. Uma face do narcisismo está
voltada à cultura e à construção da sociedade, e outra está voltada aos
fenômenos psicóticos. Sendo assim, há mais um motivo de estudo a respeito do
narcisismo e como ele aparece na vida social, mais especificamente no que é
mostrado da vida do sujeito no virtual das redes sociais.
Narcisismo então é o conceito utilizado para definir o sujeito que tem
paixão e admiração excessiva por si próprio. Para a Psicanálise,
o narcisismo tem um papel muito importante na constituição do sujeito, no
sentido de que aquilo que é em excesso (neste caso, a paixão por si mesmo) se
torna prejudicial para o indivíduo. O sujeito que se comporta narcisicamente
clama por ser aceito; existe nele uma imensa necessidade de aprovação da sua
imagem pelo outro e, principalmente, há o desejo de ser especial. Assim sendo,
ele pode expressar essa necessidade de aceitação de diversas formas, como por
meio da internet e a exposição facilitada por ela. Como o narcisismo se
expressa nas redes sociais é o que será analisado no decorrer deste estudo.
O narcisismo é uma característica da personalidade
do indivíduo e constitui a personalidade pós-moderna; “o narcisismo é o efeito
do cruzamento entre uma lógica social individualista hedonista, impulsionada
pelo universo dos objetos e dos sinais” (LIPOVETSKY, 2005, p. 34). A ideia do
autor corrobora com o fato de que a geração da internet vem demonstrando o
narcisismo de diversas maneiras. O meio virtual é um espaço no qual o sujeito
pode expressar comportamentos narcísicos, visto que o perfil do usuário nas
redes sociais exibe inúmeras informações da vida do indivíduo, como cidade onde
mora, local de estudo, local de trabalho, data de nascimento, entre outros
dados. E também permite publicações de fotos, vídeos, eventos, enviar mensagens
abertas ou privadas para os amigos, criar grupos, entre outros recursos que a
rede oferece.
Estas opções podem desencadear um comportamento de
publicar tudo que acontece em sua vida; sendo assim, se isso ocorre, há a
exposição da imagem, do corpo e beleza e as pessoas exigem relacionamentos
“perfeitos”, bem como expõem suas conquistas e bens materiais nas redes. Sendo
assim, o egocentrismo prevalece, o que sugere relacionamentos superficiais na
contemporaneidade.
Deste modo, as informações que não são bem vistas
socialmente e características físicas opostas ao padrão aceito, os quais podem
ser critérios de discriminação, tendem a ser ocultadas ou dissimuladas nas
redes sociais (MARRA E ROSA; SANTOS, 2013).
As redes sociais são como janelas abertas para a
vida das pessoas, ou seja, espaço no qual elas podem observar o outro e serem
observadas. E há certo exibicionismo do
corpo e da beleza ligados ao narcisismo. Até mesmo a prática da atividade física, um hábito de vida saudável,
acabou se tornando uma forma banal de exibicionismo nas redes sociais por parte
de usuários. Isso se torna possível, como assinalam Marra e Rosa e Santos
(2013), porque o perfil e as interações que os usuários fazem tornam-se
públicas ou semipúblicas pela exposição na rede, o que permite o acesso, mesmo
que parcial, de usuários cadastrados nesta rede social. Esse fenômeno pode
gerar repercussão na subjetividade do sujeito, porque, ao entrar na rede, exibe
e esconde o que quer.
Conforme Pinto (2009), essa questão mostra a
existência dos indivíduos cada vez mais centrada no eu, bem como a necessidade
presente nas pessoas de se identificar com os valores da sociedade de consumo
na atualidade; como afirma a autora, sociedade esta que estimula aparência
perfeita e exposição de boas formas. A busca incondicional pelo prazer, que é
estimulada pelo consumismo do mundo pós-moderno, conforme Santos citado por
Pinto (2009), é o hedonismo, uma espécie de “filosofia portátil” do sujeito
pós-moderno. Ou seja, segundo o autor, a paixão por si mesmo e sua glamorização
dão posse a um narcisismo militante.
Baudrillard citado por Marra e Rosa e Santos (2013)
também possui uma visão crítica em relação ao tecnicismo da cultura atual,
porque a mesma expandiu imitações que passaram a ser idealizadas como realidade
no ambiente virtual. Sendo assim, o mesmo autor afirma que o imediatismo e a
banalização do uso da informática acarretam em perda da essência e do que é
real. Essa ideia se opõe à concepção de Lévy, que afirma que a tecnologia
incorpora características da sociedade e da cultura (MARRA E ROSA; SANTOS,
2013), o que torna o tema ainda mais complexo.
As atualizações que os indivíduos fazem nas redes
sociais, quando se comportam narcisicamente, exibem suas próprias qualidades ou
desvanecimento por possuir algo. As redes sociais reforçam estes comportamentos
vaidosos, sendo que as pessoas querem saber o que acontece na vida das outras.
Ainda, outro fator que estimula estes comportamentos narcísicos de exposição é
a competição; uns querendo mostrar-se mais que os outros é comum na sociedade
atual. Assim, volta-se para o mesmo pensamento: a vangloria que esconde a
insegurança do sujeito.
Como afirmam Marra e Rosa e Santos (2013), mesmo
que o Facebook permita a expressão de sentimentos e emoções dos usuários,
existe uma comercialização de sentimentos, comprados para proporcionar um
sentimento de identidade. Os autores citam o exemplo de frases postadas para
autoafirmação e sentimentos de grandeza; assim, tudo o que é publicado fornece
referências para a identificação de quem é o indivíduo e como ele se sente.
Dessa forma, eles originam sentidos para “quem sou”, “como estou” e “o que
acontece comigo.”
Outra maneira de manifestação do comportamento ocorre quando o indivíduo
compartilha a sua imagem nas redes sociais e, além disso, espera os comentários
positivos dos outros, bem como espera pelas “curtidas”, sendo assim, busca a
aprovação. Quanto mais amigos na rede o sujeito tem e quanto
mais seguidores possui, maior é a visibilidade de sua imagem, o que contribui
para mais exibicionismo.
Como refere Ammann (2011), na função “curtir” da
rede social há características que representam o atual momento, bem como
produção de sentido. “Curtir” representa um contingente de indivíduos que, sem
instruções, entram na rede e por meio dela se expressam, relacionam-se e
agregam sentido, conforme o autor.
Marra e Rosa e Santos (2013) assinalam que se pode
perceber a importância das fotos e dos comentários como resíduos
comportamentais dos usuários. Sendo assim, as fotos e os comentários tendem a
ser customizados a partir das identidades. Os autores afirmam que os usuários
utilizam táticas de gerenciamento de impressões nos outros, o que inclui
postagens e remoções dos comentários que não lhes agrada e que, por sua vez,
não gerarão aprovação.
Os mesmos autores apontam que, ao utilizar uma rede
social, o indivíduo seleciona aspectos de sua identidade, tendo como critério o
que ele deseja que seja visto, o que pode estar relacionado à imagem
socialmente aceita. Mas isso não exclui a possibilidade de o sujeito
representar a sua própria identidade, tampouco o priva de experimentar maneiras
de ser (MARRA E ROSA; SANTOS, 2013).
Na realidade, no narcisismo o indivíduo possui autoestima baixa e, por
isso, a aprovação do outro neutraliza sua insegurança. Existe nele uma enorme ansiedade produzida pelo medo do desamor. Essa
ansiedade resulta do medo de não conseguir a aprovação do outro. “A dimensão
narcísica é evidente naqueles que reagem com hipersensibilidade à intrusão no
espaço próprio e, ao mesmo tempo, conservam a nostalgia da fusão e temem a
separação.” (HORNSTEIN, 2007, p. 21). Para evitar o sofrimento o indivíduo tenta
abordar o mundo para reencontrar a sua própria imagem ou então imprimi-la,
conforme o autor.
Sendo assim, o comportamento de publicar e se
expor, por causa da necessidade de aprovação pelo outro, gera também ansiedade
pela vontade de querer atender às expectativas de seus amigos/seguidores.
Conforme Hornstein (2009), existe um resíduo do narcisismo infantil, chamado de
autoestima. Em alguns problemas do narcisismo, vemos a vulnerabilidade do
sujeito, sensível aos fracassos e frustrações. As pessoas centram-se em si
mesmas e buscam o reconhecimento do outro, o que, para o autor, gera depressão,
perda da vitalidade, tédio.
“O ideal do ego se converte no depositário da
onipotência narcísica original e o ego desfruta de autoestima à medida que sua
autorrepresentação se aproxima de seu ideal” (HORNSTEIN, 2009, p. 170). O autor
continua, afirmando que é no ideal de ego que estão presentes as identificações
narcísicas com os pais e, posteriormente, com irmãos e adultos admirados. E
neste mundo contemporâneo, com imagens de pessoas que admira na internet.
O sentimento da autoestima é instável. As experiências frustrantes ou de
reconhecimento, a sensação de rejeição ou de sentir-se querido pelos outros
fazem o sujeito flutuar em relação aos outros. E quanto mais estrito
for o superego, menor é a autoestima (HORNSTEIN, 2009).
Na psicanálise, dentro das patologias do narcisismo
há a Patologia do Vazio ou do Contemporâneo, que está ligada às funções paterna
e materna. A função materna está ligada à constituição do bebê através de seu
olhar, sua fala, seu toque e, assim, proporcionar-lhe representações. A
patologia do vazio é caracterizada pela falta da palavra da mãe e pela descarga
no corpo. A mãe deveria oferecer a palavra ao bebê e manipular o seu corpo,
isto é, investir na criança (WINNICOTT, 2000). Na vida adulta, esse indivíduo
só vai existir se for olhado; ele terá esta necessidade do olhar e da aceitação
do outro. A aparência narcísica de um ego grandioso esconde um vazio de sua
própria subjetividade; na verdade, o que existe é um ego frágil.
Segundo Maffesoli, citado por Xiberras (2010, p.
259), “a importância de existir pelo olhar do outro. [...] O outro decide quem
sou eu. E destaca a nova forma de um narcisismo pós-moderno: um narcisismo de
grupo.” Conforme Xiberras (2010), o Facebook, definido como plataforma
relacional, tem como objetivo criar laços sociais primeiramente de acordo com
as imagens de rosto, publicadas no perfil do usuário, e por meio de toda a
imagem representando a si mesmo, pelos seus olhos, a seu grupo de
pertencimento.
E as redes sociais amplificam os comportamentos
narcísicos e o desejo de esconder o vazio, como estamos apresentando neste
trabalho, uma vez que o ciberespaço facilita a divulgação da imagem. “De fato,
tudo acontece como se as pequenas redes tendessem a dar-se uma imagem delas
mesmas, para elas mesmas, expressas em seus próprios códigos simbólicos”
(XIBERRAS, 2010, p. 260). De acordo com o autor, estas imagens aparecem em um
fluxo como um “narcisismo de grupo” espelhando as pequenas comunidades.
Hoje em dia as imagens que emanam das mídias tidas como mais clássicas
ou já obsoletas parecem claramente menos livres, ou menos sustentadas por uma
construção de tipo coletivo. De fato, os grupos não podem nem ao menos ser os
criadores de sua própria imagem, mas seguem dependentes de imagens construídas
fora deles mesmos (XIBERRAS, 2010, p. 260).
Como nos diz Pinto (2009), o ciberespaço torna-se
um bom local para dar vazão ao tipo de comportamento narcísico. Nesse sentindo,
para a autora, no nosso mundo contemporâneo onde cada vez mais os interesses
individuais são privilegiados em relação aos interesses coletivos, o ser humano
está mais preocupado com a forma perfeita, não para satisfazer o outro, mas
para ser o padrão ideal ditado pela mídia.
Bauman, citado por Pinto (2009) afirma que a
identidade é algo a ser inventado, é uma construção que demanda esforço.
Segundo Pinto (2009), no espaço virtual o indivíduo cria e recria imagens que
refletem identidades ou aquela identidade que gostaria de incorporar.
Para a autora, há práticas narcísicas na internet
nas quais as pessoas tanto querem ser vistas como verem a si mesmas, o que
corrobora com a visão de Marra e Rosa e Santos (2013) ao analisarem que há
motivos importantes que levam as pessoas a se tornarem adeptas do Facebook, por
exemplo, sendo a principal delas uma motivação subjacente: a tentativa de
buscar e descobrir quem somos, a qual também inclui os outros. Eles consideram
que é essa motivação que norteia as atividades realizadas pelos usuários no
site; é o que está implícito e pode somar-se a outros interesses. Sendo assim,
a grande motivação que os usuários tem está em volta da possibilidade de
expressar-se para si mesmo, o saber sobre os outros, a distância e a comparação
com eles por meio de um ambiente virtual, ou seja, a expressão pessoal e o
voyeurismo (MARRA E ROSA; SANTOS, 2013).
“Dessa forma, a tela do computador se abre como um
espelho de Narciso, um espelho que refletirá não a imagem de contornos próximos
ao real, mas a imagem que o sujeito deseja ter de si mesmo” (PINTO, 2009, p.
71).
Os usuários das redes sociais tem a oportunidade de
interagir com outros usuários, manter contato, manifestar pensamentos,
sentimentos, ideias, enfim, as opções são variadas. Desta forma, os perfis dos
usuários tendem a ter representações deles próprios e do que desejam expor na
rede. Não são todos os usuários que se comportam narcisicamente, mas o meio
virtual possibilita sua expressão.
Além disso, não podemos fugir do digital, porque
ele nos cerca de todos os lados, mas o espaço individual também é necessário:
espaço para intimidade. E quando a imagem do sujeito é tão pública devido às
divulgações nas redes sociais e ao comportamento narcísico, o que resta da
identidade fora do meio digital? Um dos maiores desafios da atualidade pode ser
a relação entre o que é representado nas redes sociais e o que existe fora
dela, na vida real, pelo fato de poder ocasionar repercussões na subjetividade
do indivíduo contemporâneo (MARRA E ROSA; SANTOS, 2013).
Na realidade, no narcisismo o que existe é uma
fragilidade de ego; então, o sujeito faz de tudo para demonstrar o oposto:
grandiosidade, porque é com a aprovação do outro que este sujeito ameniza sua
insegurança. As redes sociais, então, podem amplificar a cultura do narcisismo,
devido à grande exibição e exposição de imagens. Exibições estas que, na
maioria dos casos, demonstram situações felizes, pessoas sorrindo, viagens
perfeitas etc., que facilitam a aprovação do outro.
Este trabalho investigou as manifestações de
comportamentos narcísicos nas redes sociais, porque as mesmas propiciam esta
expressão. Em nosso contexto atual, com o desenvolvimento de novas tecnologias,
a vida no mundo contemporâneo tem ficado cada vez mais exposta. Temos muitos
conhecimentos disponíveis na internet, muitas informações e opções. A
subjetividade do ser humano então, na situação atual, nos leva a questionar se
os efeitos são positivos ou negativos, leva-nos a refletir sobre qual é a
repercussão em nossas vidas (MARRA E ROSA; SANTOS, 2013).
Existe, neste fenômeno, grande complexidade, e,
embora seja um tema contemporâneo, ainda há poucas pesquisas e reflexões sobre
o assunto. Desta forma, o presente trabalho tem o intuito de possibilitar e
convidar investigações futuras, também pelo fato de que muitas mudanças estão
por vir, acarretando em transformações no meio virtual e nas relações mediadas
por ele.
Fonte: https://psicologado.com/abordagens/psicanalise/narciso-e-o-espelho-das-redes-sociais © Psicologado.com
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