A Percepção da Figura do Profissional Psicólogo por Estudantes
Universitários
A consolidação da entrada do psicólogo no mercado de
trabalho, no contexto nacional, gerou a necessidade de avaliar essa profissão,
no tocante à forma como essa prática vinha sendo percebida (FILHO; OLIVEIRA;
LIMA, 2006).
Vários foram os estudos realizados com a população em geral
sobre a função do psicólogo e a ética profissional. A pesquisa realizada por
Souza e Trindade (apud FILHO;
OLIVEIRA; LIMA, 2006) sobre representações das atividades do psicólogo, mostram
que indivíduos do segmento de classe média, veem o psicólogo como “um
profissional liberal que resolve problemas por meio de conversas e testes.”
Nessa mesma pesquisa, indivíduos de menor nível sócio-econômico, pouco ou nada
puderam dizer sobre a função do psicólogo, talvez pelo fato do pouco contato
com a psicologia. Outras pesquisas definem o psicólogo como responsável pela
promoção de saúde e auxílio psicológico (MONTEIRO et al, 2011).
O objetivo deste
estudo foi verificar como o profissional psicólogo é percebido na sociedade. Qual a visão que
homens e mulheres possuem a respeito destes profissionais? Homens e
mulheres divergem sobre o assunto? Existe alguma relação entre curso de nível
superior e a imagem que o indivíduo faz do psicólogo?
Foi realizado um estudo descritivo procurando descrever
completamente o fenômeno. Este estudo pretendia coletar informações entre os
alunos universitários do município de Cachoeira – BA, sobre a visão dos mesmos
a respeito do psicólogo.
O interesse pelo tema abordado deu-se devido à necessidade
de verificar a forma como é percebido o profissional psicólogo, uma vez que
essa percepção perpassa a relação existente entre o psicólogo e seus clientes.
É importante verificar como as pessoas percebem uma prática
profissional em qualquer área de atuação, uma vez que possibilita o
reconhecimento de aspectos positivos e de debilidades dessa prática (FILHO;
OLIVEIRA; LIMA, 2006)
1.1 Conceituando Preconceito
A definição de preconceito segundo Bagno (2008) é a ideia
ou conceito formado antecipadamente, antes de ter os conhecimentos adequados.
O preconceito parece estar ligado ao ser humano que vive em sociedade. É
muito difícil desarraiga-lo, porque ele é tão velho quanto à humanidade, que
tem por consequências males profundos, ora sutis, ora extremamente violentos. Mas
em termos de agressividade os efeitos do preconceito podem apresentar níveis
distintos (RODRIGUES, 2007).
Pereira (2003) cita alguns estudos que tem verificado a
existência de dois tipos de preconceito, o clássico e o comportamento hostil. O
clássico é caracterizado pela expressão de atitudes, já o comportamento hostil
ocorre em relação ao grupo alvo, que se apresenta de forma menos aberta, mais
encoberta. “A expressão encoberta do preconceito explicaria a diminuição de
manifestações clássicas de discriminação”.
Na verdade qualquer grupo social pode ser alvo de
preconceito. Ocorreram mudanças na visão do preconceito, a partir dos anos 30,
passando a ser encarado como frutos de defesas inconscientes, influenciados por
normas sociais, ou manifestações de interesses grupais. (RODRIGUES, 2007).
No alicerce do preconceito estão as crenças sobre
características pessoais que atribuímos a indivíduos ou grupos, chamadas de
estereótipos. Psicólogos sociais contemporâneos identificam o estereótipo como
base cognitiva do preconceito. Que segundo eles é uma forma de simplificar a
visão de mundo (RODRIGUES, 2007).
Rodrigues (2007) diz ainda que o ato de rotular as pessoas
é um processo bem semelhante ao estereótipo, podendo assim dizer que rotulação
seria um caso especial do ato de estereotipar. Quando se atribui um rótulo nas
relações interpessoais, isso facilita o relacionamento com os outros, pois faz
com que certos comportamentos sejam antecipados. “A atribuição de um rótulo a
uma pessoa nos predispõe a pressupor comportamentos compatíveis com o rótulo
imputado”.
Embora o
preconceito seja um fenômeno psicológico, aquilo que leva um indivíduo a ser ou
não preconceituoso está relacionado ao processo de socialização. Aquilo que
permite ao indivíduo se constituir, também é responsável por ele desenvolver ou
não preconceito, sendo sua manifestação individual (CROCHEK, 2006).
O processo para se tornar indivíduo envolve a socialização,
e o desenvolvimento da cultura tem se dado em função da adaptação à luta pela
sobrevivência, surgindo o preconceito em respostas aos conflitos presentes
nessa luta (CROCHEK, 2006).
Segundo Crochek (2006) o
indivíduo preconceituoso tende a desenvolver preconceitos em relação a “diversos objetos”, como Judeus, Negros,
Homossexuais e etc. Isso mostra que o preconceito fala mais a respeito das
necessidades do preconceituoso do que as características dos seus objetos, pois
cada um destes possuem características distintas daquilo que eles são. Porem, é
importante lembrar que cada objeto suscita nos preconceituosos afetos diversos
relacionados a conteúdos psíquicos distintos.
1.2 Sobre a Psicologia
É comum no dia a dia usarmos o termo PSICOLOGIA em
situações do cotidiano, por exemplo, dizer que alguém usou seu poder de
persuasão para conquistar alguém, ou que foi condicionado a se comportar de
determinada maneira, ou até mesmo fazer “diagnóstico” como, por exemplo, dizer
que uma determinada pessoa é neurótica. Quando
fazemos uso desta psicologia, estamos usando a psicologia do senso comum (BOCK, 2009).
O senso comum é um conhecimento construído de maneira
folclórica, através deste acredita-se que o psicólogo tem disposição para ouvir
as pessoas, capacidade para dar conselhos e resolver intrigas. Será essa realmente a imagem do psicólogo? (BOCK, 2009).
A psicologia
estuda o homem e sua interação com o meio interno e externo, seu comportamento
e os processos mentais. Para a psicologia, nenhum comportamento é por acaso.
Todo comportamento é a revelação de algo que está guardado. Por isso, para a psicologia, todo comportamento
humano tem um sentido, um intenção e uma motivação. A psicologia não julga o comportamento das
pessoas, ela analisa e procura o sentido, a intenção, o motivo (BOCK, 2009).
1.3 Evolução da Psicologia
A psicologia é uma ciência relativamente nova. Seu berço
foi na Alemanha no final do século XIX com Wundt, Weber e Fechner. Em 1879,
Wundt montou o primeiro laboratório de psicologia em Leipzig, que foi o ponta
pé do desenvolvimento científico da psicologia, sendo graças a Wundt que a
psicologia passou a ser ciência
(BOCK, 2009).
A história da atuação profissional no Brasil surge
juntamente com a Psicologia científica; antes disso não existia aqui o
reconhecimento da Psicologia como prática com terminologia e conhecimento
definido (FILHO; OLIVEIRA; LIMA, 2006).
A formação
profissional do psicólogo foi institucionalizada através da Portaria 272,
referente ao Decreto-Lei 9092, de 1946. No que tange à inserção no mercado de
trabalho, a atuação do psicólogo se iniciou nas áreas da educação e do trabalho
entre os anos 1940 e 1950. Em 27 de
agosto de 1962 a
Lei nº 4.119 regulamentou a profissão de psicólogo e, nesse mesmo ano, o
Parecer 403 do Conselho Federal de Educação definiu o currículo mínimo e
duração do curso superior de Psicologia. Tais fatos históricos serviram como
grande apoio para a abertura do mercado aos psicólogos (FILHO; OLIVEIRA; LIMA,
2006)
1.4 A Vocação do Psicólogo
Magalhães (2001) relata sobre a investigação realizada
sobre diversas perspectivas de autores, com relação à escolha da vocação para
psicologia. E é mostrada que são por motivações inconscientes, valores,
representação social da profissão entre outros. É notório que o estereótipo com
relação à atuação profissional do psicólogo, é idealizado com foco em
atendimento clínico em consultório.
Magalhães (2001) nos faz refletir sobre as seguintes
perguntas: Quais as origens do chamado a uma preocupação com o outro? Ou o que
é precisamente a vocação do psicólogo? Segundo Carvalho e Kavano (apud MAGALHÃES, 2001). Permanece a incógnita sobre a
natureza deste anseio, desta curiosidade. Em relação, ou que a atuação clínica
oferece aos psicólogos, que parece ser a possibilidade de penetrar no outro,
conhecê-lo, ou estabelecer com ele, certo tipo de relação.
Diversos estudos (MILLER; SUSSMAN apud MAGALHÃES, 2001) analisaram a
infância familiar de psicólogos, e nos mostram que esses profissionais foram
precoce, tendo assim grande responsabilidade quando criança em suas famílias,
assumindo o papel de cuidados em relação a outros familiares. Segundo vários
achados (BURTON et all Apud
MAGALHÃES, 2001) relatam que a infância dos profissionais de ajuda foi marcada
por eventos especialmente problemáticos no âmbito familiar, tais como a
presença de doenças físicas e mentais incapacitantes, separações, alcoolismo e
distúrbios de caráter.
1.5 Quem é o Psicólogo?
Vários foram os estudos realizados sobre a função do
psicólogo e a ética profissional, segundo a visão da população em geral e dos
próprios estudantes de psicologia.
Weber e col. (apud FILHO
et al, 2006) comentaram que a representação social que o público leigo tem do
psicólogo e da Psicologia apresenta limitações e equívocos, em boa parte. No
Brasil, é culturalmente comum, as pessoas referirem-se aos profissionais da
área de saúde e também psicólogos chamando-os de "doutores". Ao que parece, as pessoas tenderiam a
perceber a psicologia como uma área ou especialidade da medicina e o psicólogo
como uma espécie de "médico da mente".
Apesar da grande
difusão da psicologia, os serviços do psicólogo ainda estão em termos práticos,
bastante restritos a uma pequena parcela da população. A população
leiga, em geral, indica a ausência de conhecimentos acerca do psicólogo.
Diversas áreas da psicologia não são mencionadas pelos sujeitos quando questionados
sobre a atuação do psicólogo. Raramente é feito menção sobre a atuação do
psicólogo em contextos, como por exemplo, o educacional, o do trabalho, o
jurídico, o penitenciário e tantos outros. Em resumo, a percepção geral da
maioria das pessoas é pautada numa visão do psicólogo enquanto um profissional
de promoção da saúde mental e que está apto a também oferecer um apoio de cunho
psicológico (FILHO; OLIVEIRA; LIMA, 2006).
Filho, Oliveira e Lima (2006) afirmam que:
Verificar,
pois, como as pessoas percebem uma prática profissional se faz necessário em
qualquer área de atuação uma vez que possibilita o reconhecimento de aspectos
positivos e de debilidades dessa prática, seja no seu processo de formação
acadêmica, ou no próprio exercício dessa mesma prática e ainda, na trajetória
histórico-epistemológica de sua constituição enquanto disciplina.
Filho, Oliveira e Lima (2006) realizou um estudo
exploratório com o objetivo de identificar elementos que apontem como a figura
do psicólogo é percebida não por um único grupo, mas sim por diferentes grupos,
especificamente por pessoas da população geral, estudantes de enfermagem e de
psicologia, buscando vincular a percepção de cada grupo às circunstâncias e
aspectos predominantes de cada um deles. Os resultados apontaram
que os três grupos enfatizam o psicólogo como alguém que fornece um auxílio,
notadamente de cunho psicológico. Assim, o grupo dos estudantes de psicologia,
seguido pelos de enfermagem foram mais específicos ao tratarem desse auxílio em
comparação com o público em geral.
Santos (apud FILHO;
OLIVEIRA; LIMA), analisando uma amostra de calouros de um curso de formação em
Psicologia da cidade de São Paulo - SP, apresentou a seus participantes a
pergunta "O que faz um psicólogo em sua opinião?". Seus resultados
revelaram um insuficiente e desordenado conhecimento acerca das diversas áreas
de atuação em psicologia. No geral, o que se observou foi uma expressiva
predominância da menção à área de atuação clínica e do psicólogo percebido
enquanto um profissional liberal atuando em consultórios particulares; ele
possuiria um "conhecimento teórico eclético e profundo" sobre o ser
humano e tal conhecimento seria o responsável ou o elemento capacitador que lhe
permitiria ajudar, aconselhar e orientar as pessoas.
Fereira e Rodrigues (RODRIGUES; ASSMAR; JABLONSKI, 2007)
utilizando um procedimento experimental realizaram um estudo visando detectar
como os estudantes de psicologia eram percebidos por seus colegas. Este estudo
foi realizado no campus universitário da PUC-Rio. Pelo fato da psicologia ser,
naquela época, uma ciência sem muita aceitação, nova, porém com alguns aspectos
relativos às suas características e métodos estarem deturpados, os autores
esperavam encontrar um estereótipos negativo em relação aos estudantes de
psicologia. Foi apresentada a uma amostra de estudantes uma lista com 90
adjetivos, solicitou-se então, que escolhessem quais mais se aplicariam àqueles
que estudavam psicologia.
Problemáticos, pesquisadores, idealistas, observadores e
humanos, foram os cinco adjetivos que melhor caracterizavam os estudantes de
psicologia de acordo com os resultados fornecidos dos 60 participantes da
amostra. Contrariamente ao esperado pelos autores, os estudantes de psicologia
foram categorizados simplesmente com alguns poucos adjetivos, a maioria de
conotação positiva (FERREIRA; RODRIGUES apud
RODRIGUES; ASSMAR; JABLONSKI, 2007).
De acordo com Rodrigues, Assmar e Jablonski (2007) “existe
um estereótipo acerca do estudante de psicologia que o faz ser visto como dotado
de certas características bem marcantes”.
Embasada neste pensamento Monteiro (et al, 2011),
realizaram um novo estudo, com metodologia similar a de Ferreira e
Rodrigues (RODRIGUES; ASSMAR; JABLONSKI, 2007). O publico alvo foram os
estudantes do campus universitário da FABDA. O estudo objetivava entender como
o estudante de psicologia era percebido dentro desta faculdade (FADBA), pelos
alunos universitários tanto de Psicologia quanto dos demais cursos. Será que
nossa imagem mudou diante da comunidade nos últimos anos?
Trinta pessoas participaram do estudo, sendo 13 do sexo
masculino, 16 do sexo feminino e mais um indivíduo que não se pronunciou quanto
ao seu gênero. Dos 30
adjetivos descritos no questionário, apenas doze foram marcados, são eles: Observador; Inteligente; Conselheiro;
Educado; Atencioso; Curioso; Competente; Interessante; Convencido; Equilibrado;
Comunicativo; Questionador. Dentre esses doze adjetivos, nove são
considerados positivos, dois com o duplo-sentido (curioso e questionador), e um
negativo (convencido). (MONTEIRO et al, 2011).
Como podemos perceber com os dois estudos, depois de 43
anos não houve uma mudança considerável na visão que o público tem dos
estudantes de psicologia. (FERREIRA; RODRIGUES apud RODRIGUES; ASSMAR; JABLONSKI, 2007); (MONTEIRO et al,
2011? No prelo)
Profissionais como policiais e advogados são estereotipados
como “bandidos” e “pessoas não dignas de confiança”. Muitas vezes, o psicólogo é visto como “alguém que trata de malucos” ou
até mesmo que o próprio psicólogo “é doido”. Monteiro (et al,
2011? No prelo)
Frente a todas as descrições aqui relatadas sobre o
profissional psicólogo, fez necessário este estudo.
2. Método
Participaram do estudo 60 alunos universitários do
município de Cachoeira/BA, sendo 23,33% (14/60) nascidos na capital e 65%
(39/60) no interior. Em relação ao sexo, 53,33% (32/60) era do sexo
feminino. A idade variou entre 16
a 40 anos, com média de 23 anos (DP=5,86). Colaboraram
para esta pesquisa alunos do curso de Administração, dando um percentual de
16,67% (10/60), Enfermagem 16,67% (10/60), Fisioterapia 16,67% (10/60),
Pedagogia 15% (9/60), Psicologia 16,67% (10/60) e Teologia 16,67%
(10/60).
Para a coleta de dados, foi utilizado o questionário com 14
questões fechadas, apresentando ao respondente um conjunto de alternativas em
escala do tipo Likert de cinco pontos dos quais variavam de “nem um pouco” à
“completamente” para que ele escolhesse a que melhor representasse sua situação
ou ponto de vista, garantindo assim que, qualquer que fosse a situação do
respondente, houvesse uma alternativa em que este se enquadrasse.
Os participantes foram abordados pelas entrevistadoras nos
corredores da faculdade durante os intervalos de aulas. Todos os entrevistados
foram informados sobre os objetivos e procedimentos da pesquisa, em seguida,
foi solicitada à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), permitindo assim a participação voluntária no estudo. Após a assinatura
foram aplicados os questionários. Após o preenchimento, com duração de
aproximadamente 10 minutos, os questionários foram recolhidos imediatamente.
Após coletados, os dados estatísticos foram analisados
usando o programa PSPP. As
respostas dos sujeitos foram separadas em grupos: Curso (Administração,
Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia, Psicologia e teologia)) Sexo (Masculino e
Feminino). Os resultados foram submetidos à análise descritiva e os dados foram
cruzados (CROSTABS).
3. Resultados
Participaram desta pesquisa 60 indivíduos, sendo 53,33%
(32/60) do sexo feminino e 46,67% (28/60) do sexo masculino. Houve uma concordância entre os gêneros ao
serem questionados a respeito de que quem procura um profissional psicólogo é
porque está louco, ambos discordaram da ideia de que psicólogo trata
loucos
Já relacionado à presença do profissional psicólogo, 40,7%
das mulheres afirmaram se sentirem desconfortáveis na presença do
psicólogo, enquanto 50% delas manifestaram não sentir desconforto na presença
do profissional psicólogo. Já para os homens boa parte sendo 37% falaram que a
presença do profissional psicólogo é indiferente para eles, porém a maioria,
51,8% falaram que a presença do profissional psicólogo não trás nenhum
desconforto.
Ao os participantes responderem a questão que o psicólogo
tem que ser uma pessoa equilibrada emocionalmente, tanto homens com 96,3%,
quanto mulheres com 96,8% afirmaram que o psicólogo tem que ser uma pessoa
equilibrada emocionalmente.
Os cursos em geral, sendo a maioria dos participantes da
pesquisa, concordaram que a psicologia é uma profissão importante para a
sociedade, como pode ser observado no gráfico abaixo:
Existe um certo
mito a respeito de que as pessoas que procuram fazer psicologia é porque querem
se entender, ou porque é louco, porém nos dados coletados nos trás resultados
contrários a esta ideia. Como pode ser observado nos gráficos abaixo, a maioria
dos participantes de todos os cursos não concordam que o profissional de
psicologia buscou essa profissão para se entender ou porque é louco.
4. Discussão e Considerações Finais
A
psicologia vem ganhando seu espaço como ciência e profissão. A atuação do psicólogo vem sendo solicitada
não mais somente pela clínica, mas também por escolas, hospitais, empresas,
órgãos público, entre outras instituições. Os profissionais psicólogos
estão cada vez mais sendo aceitos pela sociedade e ampliando seu mercado de
trabalho. Este estudo nos mostrou
que a maioria dos participantes da pesquisa concordaram que a psicologia é uma
profissão importante para a sociedade indo contra a ideia de que psicólogo é
coisa de gente fresca, de gente que não tem onde gastar seu dinheiro por isso
faz terapia. Alguns participantes demonstraram alguma vontade de fazer o
curso,
É comum
ouvirem as pessoas dizerem que quem procura psicólogo é por que está louco,
porém não foi o que mostrou este estudo. Tanto homens quanto mulheres, ao serem
questionados, discordaram da ideia de que psicólogo trata loucos,
desmistificando este pensamento mostrando que pessoas “normais” também procuram
ajuda destes profissionais.
As pessoas ainda se sentem desconfortáveis na presença de
um psicólogo por acharem que eles vivem analisando as pessoas o tempo todo. As
mulheres se mostraram menos a vontade em estar em um mesmo ambiente que um
psicólogo.
No que diz respeito aos motivos que levam uma pessoa a
fazer o curso de psicologia. A maioria dos participantes de todos os cursos não
concordam com o conceito de que o profissional de psicologia buscou essa
profissão para se entender ou porque é louco.
Apesar desta posição de que o psicólogo não é louco, Os
dados do estudo mostram que, na visão do senso comum, o
profissional psicólogo tem que sempre estar bem psicologicamente, não podendo
ter sentimentos depressivos, ansiedade, preocupação e outros, não dando o
direito do psicólogo ter dificuldades emocionais como todo o ser humano tem.
Apesar do estudo mostrar que muitos dos mitos que foram
criados ao decorrer do tempo à respeito do profissional psicólogo já estarem
sendo desmistificados, ainda há uma grande necessidade de que as pessoas
entendam e conheçam melhor o trabalho e os benefícios que o profissional
psicólogo pode proporcionar à população. Sendo de grande importância que o
profissional psicólogo busque conscientizar a sociedade da importância do seu
papel.
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