O estresse ocupacional
é o conjunto de perturbações que caracterizam o desequilíbrio físico e psíquico
e que ocorrem no ambiente de trabalho
O que é estresse
ocupacional?
Sempre que tratamos da palavra ocupacional, estamos falando
de trabalho, emprego, ocupação, fonte de renda e termos correlatos. Quando nos
ocupamos em discutir as patologias da ocupação, uma das mais proeminentes é o
estresse.
Compreende-se por estresse um conjunto de perturbações ou
instabilidade psíquica e orgânica provocadas por diversos estímulos que vão
desde a condição climática até as emoções e condições de trabalho. Na base da
compreensão do conceito de estresse está o desequilíbrio, no caso, na relação
entre trabalhador e ocupação. Entende-se, então, estresse ocupacional como o
quadro de respostas pouco adequadas à estimulação física e emocional decorrente
das exigências do ambiente de trabalho, das capacidades exigidas para
realizá-lo e das condições do trabalhador. Em alguns casos, o estresse
ocupacional não tratado pode gerar a síndrome
de Burnout, caracterizada
pelo esgotamento físico e psíquico em decorrência do trabalho.
O que pode desencadear
o estresse ocupacional?
Existem muitos estímulos que podem desencadear o estresse,
entre eles, estar exposto a condições como falta de recursos materiais,
exigência física e psíquica superior ao que corresponde à função, ambientes de
trabalho com problemas de relacionamento interpessoal ou que não garantam a
saúde, o bem-estar e a segurança do trabalhador.
Quais são os principais
tipos de estressores ocupacionais?
Alguns autores costumam dividir os estressores em três
categorias: exigência de trabalho, incompatibilidade de papéis e condições
materiais da ocupação. A exigência de trabalho pode ser um estressor
ocupacional quando ultrapassa os níveis adequados para a manutenção da saúde do
trabalhador, como longas jornadas, ritmo demasiadamente acelerado, turnos
variáveis, horas extras etc. No caso da incompatibilidade de papéis, estamos
tratando de questões organizacionais como a dificuldade de muitas empresas em
ter boas descrições das atribuições e direitos de cada cargo, o que acaba
impossibilitando o trabalhador de ter pleno domínio de suas funções e direitos.
Por último, as condições materiais dizem respeito ao ambiente de trabalho:
condições climáticas, de organização, iluminação, higiene e aspectos como a
poluição visual e auditiva do local de trabalho.
Quais são os
tratamentos possíveis?
Sempre que se trata de uma condição que não envolve apenas o
adoecimento do indivíduo, mas a problemática de seu ambiente de trabalho e de
suas atribuições, recomenda-se que as intervenções sejam feitas em três níveis
diferentes: no nível primário, deve-se buscar reduzir os estímulos estressores,
modificando o quanto for possível o ambiente de trabalho, buscando definir
ocupações e direitos de cada trabalhador, como seus horários e funções. Já
nesse nível, pode-se pensar em formas de acompanhamento psicológico, a partir
do qual o sujeito pode ressignificar sua relação com o trabalho.
Em um segundo nível de atuação, deve-se buscar melhorar a
resposta dos sujeitos ao ambiente de trabalho, com foco nos eventos
estressores. Nesse sentido, as intervenções psicoterapêuticas buscam a
compreensão e transformação da relação do sujeito com os estressores. Uma das
formas comuns de atuação nesse sentido são as dinâmicas de grupo, as técnicas
de relaxamento, meditação, acupuntura, psicoterapia etc. Vale ressaltar que,
como são técnicas utilizadas quando o estresse ocupacional já está instalado,
podem ser menos eficazes que as transformações sugeridas primariamente, isso porque
não trabalham na fonte de estresse, mas em seus efeitos.
Por último está a atenção aos indivíduos acometidos da
condição de estresse ocupacional que sofrem com os sintomas do desequilíbrio.
Essa forma de atenção deve estar focada em reequilibrar o funcionamento físico
e psicológico através da ação de equipes multidisciplinares, com terapeutas
ocupacionais, psicólogos, médicos etc., que precisam constantemente destruir as
barreiras do preconceito para adentrar o terreno das empresas, tornando-se possibilidade
de aliança entre trabalho e saúde mental.
Fonte: http://www.brasilescola.com/psicologia/stress-ocupacional.htm
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