Psicologa Organizacional

7 de novembro de 2014

PROFESSOR: COMO DAR UMA AULA NA UNIVERSIDADE


Pensando nos colegas que estão começando a dar as primeiras aulas na universidade, seja como monitores de graduação ou tutores de pós-graduação (via Reuni, Capes ou outros programas), resolvi escrever um pouco sobre como dar aulas no ensino superior. Não se trata de um manual ou de regras rígidas, muito menos de um compêndio abrangente, mas apenas de conselhos práticos de quem enfrenta a sala de aula há alguns bons anos para ensinar Ecologia e Zoologia.
Na verdade, pensei não apenas em monitores, tutores e professores recém-contratados, mas também em colegas que estão na guerra dos concursos públicos para professor. Quase todo concurso inclui uma prova didática, que às vezes pode mudar os rumos da seleção e derrubar até mesmo um candidato com um currículo forte.
Bom, partindo do começo, há colegas que acabaram de estrear como professores em universidades públicas, mas que não têm muita experiência em ensino, pois saíram ontem do doutorado. Alguns nunca deram uma aula de graduação na vida. Infelizmente, o caminho quase único para se tornar um cientista profissional no Brasil é conseguir um emprego como professor universitário, mesmo que você não tenha vocação para lecionar. Empregos puramente científicos em regime permanente, ou pelo menos estável, em institutos de pesquisa ou na indústria, ainda são raros por aqui. Sorte minha gostar de dar aulas (rs), pois sei que alguns colegas sofrem com essa obrigação.
Ok, meu “bróder”: os alunos não têm nada a ver com a sua vocação e merecem cursar disciplinas de qualidade, que realmente os preparem para exercer a profissão. Logo, tanto faz se você gosta ou não de dar aulas: missão dada é missão cumprida, 02! Não importando se você foi parar na sala de aula com as próprias pernas ou chegou lá acorrentado, faça um bom trabalho. A educação é a base de uma sociedade civilizada, então a missão de professor deve ser levada muito a sério.
Como em qualquer atividade acadêmica, para dar uma excelente aula de graduação é preciso uma mistura de talento, treinamento e planejamento. O talento não tem jeito: ou você nasce com ele ou sinto muito. Há colegas que são excelentes cientistas, mas que não conseguem nem por decreto passar conhecimento de uma forma eficiente. Eles têm que se esforçar bem mais do que os outros para chegarem a resultados satisfatórios. E eles devem se esforçar! Sem talento é difícil dar uma aula excelente, mas você pode pelo menos dar uma aula boa, se investir no estudo e no planejamento, além de adquirir prática com o tempo.
O treinamento, se você tiver sorte, pode vir através de um bom orientador que te dê espaço nas disciplinas dele. Se o seu orientador for um bom professor, cole nele, pegue dicas, assista suas aulas, peça para ministrar algumas dessas aulas, imite o seu estilo no começo. Imite também o estilo de excelentes palestras, como algumas dadas nas TED Talks. Com a prática, você desenvolverá a sua própria pegada. Aulas teóricas sobre como dar aulas raramente ajudam, salvo honrosas exceções. Até mesmo porque a formação de professores no Brasil, do ensino infantil ao superior, muitas vezes vem com um forte viés ideológico (sim, sou um herege: não sigo a religião “paulofreireana”). Não tenho nada contra a área de educação, muito pelo contrário. Há excelentes pesquisas em educação que ajudam muito a nortear uma aula de universidade. Há também outras fontes valiosíssimas que podem te ajudar a elaborar técnicas de ensino, como pesquisas em marketing, psicologia social e comportamento.
O planejamento você também aprende durante um treinamento formal ou informal. Só que ele é responsabilidade sua, não de terceiros. É nele que vou me concentrar neste artigo. Para planejar bem uma aula, responda para si mesmo as seguintes perguntas.
1. Qual é o perfil da minha turma?
Antes de mais nada, considere o curso em que a aula será dada: Biologia, Ecologia, Gestão Ambiental, Ciências Socioambientais, Veterinária, Engenharia Ambiental? Se o curso em que você for dar a aula for o mesmo em que você se formou, as coisas ficam bem mais fáceis; você estará na sua zona de conforto. Porém, se você for dar a mesma aula em um curso alheio à sua formação, precisará fazer o dever de casa e investigar o perfil dos alunos, sua bagagem acadêmica e suas aspirações profissionais.
Por exemplo, se você for dar uma aula sobre interações ecológicas em um curso de Biologia, poderá se concentrar nos aspectos acadêmicos do tema, apresentar informações em detalhes, focar no lado ecológico, cruzar informações aprofundadas vindas de diferentes ciências biológicas. Porém, se você for dar uma aula sobre o mesmo tema em um curso de Engenharia Ambiental, terá que focar nas aplicações práticas desse conhecimento para não perder a atenção da turma e para que a aula tenha alguma relevância para eles. Isso, sem, é claro, se esquecer de apresentar as bases científicas do tema. Você também não poderá exigir conhecimentos prévios profundos sobre teorias ecológicas.
2. Para alunos de qual nível darei a aula?
Na universidade, há basicamente dois tipos de turma: graduação e pós-graduação. O que diferencia uma da outra é o grau de especialização em determinada área da ciência. Para entender o que estou falando, dê uma olhada neste artigo publicado no blog do Matt Might. Procure não diferenciar esses dois tipos de turma em termos de rigor e profundidade. Não subestime os alunos de graduação, pois muitos dão um banho nos alunos de pós-graduação. A pior forma de desvalorizar um aluno é baixar o nível do ensino supondo inferioridade. Quando for focar a sua aula em um público de graduação ou pós, diferencie apenas o grau de especialização do tema.
Por exemplo, para uma turma de graduação em Biologia você pode dar um curso de Fundamentos de Ecologia, Ecologia I, Ecologia Básica, Elementos de Ecologia ou afins, que inclua vários temas em Ecologia. Já para uma turma de pós-graduação, provavelmente você vai gastar um semestre inteiro com uma matéria sobre Ecologia de Populações ou Ecologia de Comunidades.
Sendo assim, por exemplo, em uma aula da graduação é capaz de você usar um ou dois tempos falando sobre estrutura e crescimento populacional, resumindo tudo isso num pacote único. Já em uma aula de pós-graduação, por exemplo em uma disciplina de Ecologia de Populações, você poderá se concentrar em falar, em uma aula inteira, apenas sobre o modelo logístico de crescimento populacional ou apenas sobre tabelas de vida. Sacou a diferença?
3. Qual é o objetivo da minha aula?
Muitos nem sequer pensam sobre isso. Porém, como tudo no trabalho e quase tudo na vida, uma aula também precisa ter um objetivo. Como você pode fazer um bom planejamento sem saber aonde quer chegar?
Todo tema, por mais especializado que seja, sempre tem nuances, lados, pontos de vista, sub-temas. Uma boa maneira de estabelecer um objetivo para a sua aula é pensar em qual dos lados do tema você quer focar. Por exemplo, em uma aula sobre estrutura e dinâmica populacional para uma turma de graduação em Biologia, o que você acha mais importante que os alunos guardem ao final? Você pode decidir, por exemplo, que o mais importante é eles saírem tendo intimidade com o significado de cada um dos parâmetros populacionais mais importantes (N, r, K etc.). Você, como professor, deve decidir isso.
4. Quanto tempo tenho disponível para a aula?
Isso não é apenas um detalhe, mas uma informação crucial. Se você tiver apenas um tempo de 50 min, precisará fazer muito mais recortes no tema da aula do que se tiver dois tempos. O tempo disponível muda muito a cara da aula.
No caso de aulas com dois ou mais tempos, vale a pena balancear a parte expositiva (como se dizia antigamente, cuspe e giz; ou, hoje em dia, datashow e quadro eletrônico) com partes mais interativas, como um grupo de discussão (também conhecido como estudo dirigido), seminário ou prática. Lembre-se: a capacidade real de atenção de adultos gira em torno de 50 min, sendo que esse limite vem despencando assustadoramente depois que a “Geração Google+Twitter” entrou na universidade.
Sempre respeite o tempo da aula. Nada é mais irritante do que professores que avançam na aula do professor seguinte: eles irritam os alunos e os colegas. Estourar o tempo é igualmente ruim no caso de aulas antes do almoço, pois você estará submetendo os alunos a uma tortura cruel. Via de regra, planeje um minuto para cada slide. Porém, o melhor mesmo é ter menos slides do que minutos e, assim, ter um tempo sobrando para gastar com conceitos mais difíceis ou polêmicos. Costumo planejar, na prática, de 30 a 40 slides para uma aula expositiva de 50 min. Além disso, considere o perfil da turma: algumas são muito mais participativas e fazem muito mais perguntas do que outras. Não pode a curiosidade dos alunos. Se necessário, reduza o número de slides para as turmas mais curiosas ou críticas. É melhor dar menos conteúdo do que enfiar conhecimento sem crítica goela abaixo dos alunos.
5. Eu já venho acompanhando a turma ou vou apenas dar uma aula avulsa?
Se a turma for sua de fato, você terá muito mais segurança na preparação da aula, pois conhecerá os alunos, suas habilidades e limitações. Contudo, se alguém chamar você para dar uma aula avulsa numa disciplina que não é sua, procure saber mais sobre a turma antes de planejar a aula. Conhecer o perfil do seu público-alvo aumenta muito as chances de dar uma aula realmente boa.
6. Trata-se de uma aula real ou de uma prova didática?
Parece uma pergunta boba, mas respondê-la evitaria constrangimentos a muita gente… Como comentei lá no início, é comum em concursos para professor o candidato ter que fazer uma “prova didática”. Ou seja, uma aula de 50 min pela qual ele receberá uma nota, que muitas vezes será decisiva no concurso.
Logo, se você estiver preparando uma aula para um concurso, não viaje na maionese e nem “pule o corguim”. Não entre numa vibe hiper-realista, que te leve a tratar a banca como uma turma de verdade. Evite simular a aula tão exageramente a ponto de dizer coisas como “não se esqueçam do dever de casa”, “semana que vem tem prova” ou “fica quieto, Fulaninho!”. Ou, pior, não seja tão realista a ponto de chegar na prova didática e dizer: “desculpem, mas hoje tenho uma banca de mestrado, então trouxe o meu doutorando, Zé das Couves, para dar a aula para vocês, já que é o tema da tese dele”.
Em uma aula de concurso, faça as coisas como faria na vida real, sem frufrus ou xurumelas. Prepare-se bem, mostre domínio do tema, não transmita insegurança, seja claro, conciso e preciso. É fundamental, em uma prova didática, deixar claro qual recorte você fez no tema geral e porque esse recorte faz sentido. Isso reduzirá a chance de algum membro da banca fazer um questionamento do tipo “porque a parte X ficou de fora?”.
De preferência, chegue no concurso já com uma aula preparada para cada tema. Use as famosas 24 h antes da prova não para preparar a aula do zero, o que é ótimo para elevar seu estresse a níveis insuportáveis, mas sim para dar aquele up na aula. Nessas 24 h no corredor da morte, tente achar um bom fio condutor que deixe muito claros o objetivo e contexto da sua aula. Isso pode levar uma boa aula a se tornar excelente.
7. Posso fazer piadas durante a aula ou devo permanecer sisudo?
Alunos sempre gostam de professores brincalhões. Além disso, uma boa piada colocada no tempo certo ajuda a recuperar a atenção da turma lá pelo meio da aula. Então a resposta é sim, você pode fazer piadas. Mas use o humor em sala de aula com parcimônia e faça apenas piadas inteligentes, bem colocadas, evitando piadas chulas ou ofensivas. E, mais importante, faça piadas em sala apenas se você for um sujeito naturalmente bem-humorado ou fanfarrão. Não tente ser engraçado se isso não for um traço da sua personalidade, apenas porque você viu a aula de um colega que fez uma gracinha e foi bem sucedido.
8. Qual é o fio condutor da minha aula?
Uma boa aula, assim como uma boa palestra, deve ter um roteiro e um fio condutor. Estabeleça uma seqüência lógica para os tópicos que vai abordar, colocando-os alinhados a um tema central bem definido. Comece contextualizando a sua aula dentro do assunto maior ao qual ela pertence. Depois defina qual tema específico vai abordar dentro desse universo e porque. Escolha os tópicos mais relevantes relacionados ao tema e se guie por eles para estabelecer o conteúdo da aula. Logo nos primeiros slides, apresente essa estrutura lógica, mostrando aos alunos os tópicos que pretende abordar. Costumo repetir os tópicos ao longo da aula, sempre mostrando o avanço de um para outro, para que os alunos saibam onde estamos a cada momento dentro do plano geral da aula.
Macete 1: para prender a atenção da turma, sempre começo as minhas aulas com uma pequena introdução intrigante, dando um exemplo aparentemente viajante, mas que depois mostro ter a ver com o tema a ser abordado na aula. Por exemplo, em uma aula sobre crescimento populacional, meu primeiro slide costuma ser uma foto de uma estação de metrô de São Paulo na hora do rush.
Macete 2: ao final da aula, sempre apresente uma “moral da história”. Ou seja, um slide resumindo as informações mais importantes apresentadas na aula. Foque nas informações que você gostaria que os alunos guardassem na memória por muito tempo. São as famosas “take-home messages”.
10. Que recursos didáticos devo usar?
Há vários tipos de recursos didáticos, que vão desde o quadro-negro até uma dinâmica de grupo, passando pelas famosas aulas em datashow. Dependendo do objetivo da sua aula e do perfil da turma, um recurso funcionará melhor do que o outro. Na maioria das vezes, uma mistura de recursos didáticos cai bem. Inspire-se nas aulas de professores que admira e lembre-se de quais recursos eles usaram e como.
Pense, pense e pense. Depois, pense mais um pouco. Use os recursos que julgar mais adequados a cada situação. Não existe “o recurso correto”. Aceite bons conselhos e siga bons exemplos, mas não deixe de pensar livremente.
11. Devo caprichar nos meus slides?
Sim, é óbvio! Não faça os slides nas coxas. Procure imagens lindas, gráficos atraentes e diagramas claros para ilustrar suas aulas. Uma imagem vale mais do que mil palavras, mas só se ela for bonita e tiver uma mensagem clara. Tenha atenção aos detalhes, trate com carinho coisas como diagramação, alinhamento,esquema de cores etc.
Não deixe passar erros de português nos seus slides, pois isso demonstra descaso. E nunca, em hipótese alguma, deixe passar erros conceituais, como por exemplo uma fórmula errada, um conceito trocado ou uma citação errada. Lembre-se de que você estará ensinado o ofício a jovens colegas em formação, que muitas vezes não têm ainda maturidade, experiência ou iniciativa suficientes para criticarem as aulas de um professor e checarem por conta própria informações que porventura achem estranhas.
12. Posso incluir citações na minha aula?
Sim, pode e deve. Inclusive em aulas para a graduação. Mas não precisa exagerar na quantidade de citações. Faça poucas citações, muito menos do que faria num artigo, mas não deixe de citar as fontes de conceitos-chave apresentados na sua aula. Isso permite aos alunos mais estudiosos correrem atrás das informações na versão original, se quiserem. Citações também são importantes para os alunos conhecerem os trabalhos clássicos de uma determinada área.
Também não se esqueça de fazer sugestões de leitura ao final da aula. É claro que, em toda turma, a maioria dos alunos quer apenas fazer o mínimo necessário para passar. Outros não querem nem isso. Mas há sempre alunos estudiosos, que têm sede de conhecimento, mesmo que eles sejam apenas meia dúzia. Para os alunos que brilham, seja por talento ou por esforço, sugira leituras adicionais que os ajudem a se aprofundarem num tema do qual tenham gostado. Bastam umas três sugestões importantes, não mais do que isso, pois uma lista com dez ou mais referências é totalmente fora da realidade, especialmente na graduação com sua carga horária massacrante e emburrecedora (na minha opinião, mais importante do que os alunos passarem tanto tempo em sala seria eles serem ensinados a estudarem por conta própria, usando os professores como orientadores e não como máquinas de transferência de conhecimentos).
13. Como devo lidar com bagunça e conversas paralelas?
Infelizmente, muitos alunos chegam à universidade hoje em dia sem a menor educação familiar. Junte-se a isso a postura paternalista/populista de alguns professores, que se preocupam mais em ser populares do que eficientes e não dão notas baixas para não ficarem mal na fita, e temos o desastre educacional que vivenciamos atualmente.
Se você quer realmente fazer a diferença e preparar bons profissionais, seja rigoroso com a disciplina, mas não se estresse demais e trate seus alunos com cuidado e atenção. Na prática, isso quer dizer não tolerar bagunça e conversas paralelas, mas não gritar com a turma ou perder a linha por causa desse tipo de coisa. Suas cordas vocais e seu coração agradecem. Estabeleça um limite para os atrasos; só aceite fazer exceções em casos especiais, com justificativas devidamente comprovadas (por exemplo, alunos no noturno que saem do trabalho direto para a sala e enfrentam um trânsito pesado). Não seja inflexível em suas regras, mas também não aceita qualquer mudança pedida pelos alunos só para ficar bem na fita.
Tenha uma postura firme e coerente, que a turma naturalmente irá te respeitar, mesmo que isso demore um pouco. Se houver alunos que insistem em conversar durante a aula, convide-os educadamente a se retirar e ir conversar no bar do esquina. Se houver alunos simplesmente desatentos, mas que não estão atrapalhando os outros, ignore-os e concentre-se naquelas que realmente querem aprender.
Ninguém aprende obrigado. O mais importante é você motivar a turma, para garantir que pelo menos os bons alunos prestarão atenção à sua aula. Além disso, estabeleça as regras do jogo claramente logo na primeira aula e seja coerente com elas.
14. Posso “pensar fora da caixinha” de vez em quando?
Sim, não só pode, como deve. Vale a pena experimentar jeitos diferentes de fazer a mesma coisa. Por exemplo, inverter a ordem do aprendizado. Uma coisa que funciona bem no caso de assuntos complexos é dar um dever de casa sobre o tema da aula antes da parte expositiva em sala. Pode ser altamente produtivo, sob algumas condições, fazer com que os alunos primeiro estudem o tema por conta própria, para só depois você discutir os tópicos com eles e aprofundar o conhecimento em sala.
Outra abordagem eficiente é combinar as aulas teóricas e práticas em sala com conteúdo online via moodle ou outros meios, como naquele seriado “Lost”, em que os episódios e o conteúdo na internet se complementavam.
15. Posso avaliar os alunos através de provas?
Sim, óbvio! Não acredite na besteira dogmática disseminada por aí de que “provas tolhem a criatividade e desumanizam o aluno”. Você pode e dever avaliar os seus alunos regularmente, incluindo provas no estilo tradicional, com perguntas discursivas e de múltipla escolha. Contudo, recomendo misturar ao longo de uma disciplina de graduação avaliações de diferentes tipos, dando notas para diferentes atividades, como grupos de discussão, seminários, monografias e provas convencionais. A maioria dos alunos, infelizmente, não vai estudar por conta própria se não tiver ao menos um pouco de medo de não passar na disciplina. De qualquer forma, foque a sua aula nos alunos que brilham, seja por talento ou por esforço, e crie um nível de cobrança ajustado não aos alunos específicos de uma turma (sou contra avaliações comparativas), mas sim ao que você acha que é o nível mínimo necessário para formar um bom profissional na sua área.
16. Conselho final: dê uma aula que você mesmo gostaria de assistir.
Ao preparar a sua aula, pense sobre todas as aulas que já teve na vida e separe os extremos: aquelas que odiou e aquelas que adorou. Nada é mais repulsivo do que uma aula “morna”. Reflita sobre as características dessas aulas extremas e o caminho a seguir ficará mais claro para você. Se você mesmo não acreditar na sua aula, a sua turma provavelmente passará por 50 min de tortura.

Fonte: http://marcoarmello.wordpress.com/2013/04/15/aula/



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