Psicologa Organizacional

27 de junho de 2023

 

 


Depressão em Foco:

A Importância da Equipe Multidisciplinar no Tratamento do Transtorno Depressivo

 

A depressão é um transtorno mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada por uma profunda sensação de tristeza, perda de interesse em atividades antes prazerosas, alterações no sono e apetite, baixa autoestima e falta de energia, a depressão pode causar impactos significativos na vida de um indivíduo.

 

As causas da depressão são complexas e variadas, envolvendo fatores genéticos, desequilíbrios químicos no cérebro, eventos traumáticos, estresse crônico, entre outros. É importante ressaltar que a depressão não é simplesmente uma fraqueza ou falta de vontade, mas uma condição clínica que requer tratamento adequado.

 

Os sintomas da depressão podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns sinais comuns incluem tristeza persistente, falta de energia, alterações de apetite e sono, dificuldade de concentração, sentimentos de culpa ou inutilidade, pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.

 

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) e a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), a depressão é diagnosticada quando esses sintomas persistem por pelo menos duas semanas e causam prejuízo significativo nas áreas pessoal, social e profissional da vida do indivíduo.

 

Nesse contexto, a importância da equipe multidisciplinar no tratamento da depressão torna-se fundamental. Profissionais como psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas, nutricionistas e professores de educação física desempenham papéis complementares para promover a recuperação e o bem-estar do paciente.

 

O psicólogo desempenha um papel central, oferecendo suporte emocional, auxiliando na identificação e modificação de padrões de pensamentos negativos, e trabalhando na promoção de habilidades de enfrentamento saudáveis. Já o psiquiatra, por sua vez, pode prescrever medicamentos apropriados para o tratamento da depressão, quando necessário.

 

O endocrinologista, por sua vez, pode avaliar e tratar desequilíbrios hormonais que podem contribuir para os sintomas depressivos. O nutricionista pode fornecer orientação sobre uma alimentação adequada, que inclua nutrientes essenciais para a saúde mental. Por fim, o professor de educação física desempenha um papel importante na prescrição de atividades físicas que contribuam para o aumento da produção de neurotransmissores relacionados ao bem-estar.

 

A combinação desses profissionais em uma equipe multidisciplinar proporciona um tratamento abrangente e personalizado, considerando as diferentes dimensões do indivíduo afetado pela depressão. Essa abordagem integrada busca não apenas aliviar os sintomas, mas também promover a resiliência, o autocuidado e a qualidade de vida.

 

É fundamental compreender que a depressão não é algo que se pode enfrentar sozinho. Buscar ajuda profissional e contar com o suporte de uma equipe multidisciplinar é essencial para enfrentar e superar essa condição. Com o tratamento adequado e o apoio necessário, é possível encontrar um caminho de recuperação, ressignificação e bem-estar emocional.

 

Psicólogo

No contexto do tratamento do transtorno depressivo, o papel do psicólogo é fundamental. O psicólogo atua como um profissional especializado em saúde mental, capacitado para oferecer suporte emocional e psicoterapia aos indivíduos que enfrentam a depressão.

 

Uma das principais contribuições do psicólogo é auxiliar no desenvolvimento do autoconhecimento. O psicólogo trabalha para que o cliente se compreenda e reconstrua sua autoestima, promovendo uma visão mais realista e positiva de si mesmo e do mundo ao seu redor.

 

Além disso, o psicólogo desempenha um papel importante na promoção de habilidades de enfrentamento saudáveis. Ele auxilia o cliente/paciente a desenvolver estratégias eficazes para lidar com o estresse, a resolução de problemas e a gestão das emoções.

 

É importante ressaltar que o psicólogo não realiza prescrição de medicamentos, pois essa é uma atribuição do psiquiatra. No entanto, o trabalho conjunto entre psicólogo e psiquiatra é comum e altamente benéfico para o paciente. O psicólogo pode fornecer informações e suporte ao paciente no que diz respeito à utilização adequada da medicação prescrita pelo psiquiatra, bem como monitorar os efeitos psicológicos da medicação ao longo do tratamento.

 

Além disso, o psicólogo também pode oferecer suporte durante todo o processo de tratamento, auxiliando o paciente a compreender a natureza da depressão, a lidar com sentimentos de desesperança e a desenvolver estratégias para prevenir recaídas. O trabalho do psicólogo é pautado na empatia, na escuta ativa e na criação de um ambiente seguro e acolhedor, onde o paciente se sinta à vontade para expressar suas emoções e pensamentos mais profundos.

 

Em resumo, o papel do psicólogo no tratamento da depressão é de extrema importância. Ele desempenha um papel central, oferecendo suporte emocional, auxiliando no desenvolvimento do autoconhecimento, e trabalhando na promoção de habilidades de enfrentamento saudáveis. O trabalho conjunto com o psiquiatra e a equipe multidisciplinar é fundamental para proporcionar uma abordagem completa e eficaz no tratamento do transtorno depressivo.

 

Psiquiatra

No contexto do tratamento do transtorno depressivo, o papel do psiquiatra é de suma importância. O psiquiatra é um médico especializado em saúde mental, que possui conhecimento profundo sobre os aspectos biológicos e farmacológicos relacionados à depressão.

 

Uma das principais atribuições do psiquiatra é a prescrição de medicamentos apropriados para o tratamento da depressão. Esses medicamentos são chamados de antidepressivos e têm a finalidade de regular os desequilíbrios químicos no cérebro que estão associados à doença. O psiquiatra, após uma avaliação criteriosa do paciente, leva em consideração fatores como a gravidade dos sintomas, o perfil individual e outras condições de saúde, para definir o medicamento mais adequado e a dosagem correta.

 

É importante ressaltar que o uso de medicamentos antidepressivos não é indicado para todos os casos de depressão, sendo necessária a avaliação profissional para determinar a abordagem terapêutica mais apropriada. O psiquiatra trabalha em conjunto com o paciente, acompanhando de perto os efeitos do medicamento e realizando ajustes na dosagem, se necessário, para garantir a eficácia do tratamento.

 

Além da prescrição medicamentosa, o psiquiatra desempenha um papel fundamental na avaliação diagnóstica da depressão. Ele realiza uma avaliação clínica minuciosa, considerando os sintomas apresentados pelo paciente, seu histórico médico e psicossocial, bem como exames complementares, quando necessários. Com base nessas informações, o psiquiatra é capaz de realizar um diagnóstico preciso e diferenciar a depressão de outras condições médicas ou transtornos mentais.

 

O psiquiatra também pode oferecer suporte emocional ao paciente, fornecendo informações sobre a doença, seus possíveis desencadeadores e orientações sobre o autocuidado. Além disso, ele pode trabalhar em conjunto com o psicólogo, nutricionista, endocrinologista e professor de educação física, dentro da equipe multidisciplinar, para garantir um tratamento abrangente e integrado.

 

Em suma, o papel do psiquiatra no tratamento da depressão é crucial. Ele é responsável pela prescrição de medicamentos apropriados, levando em consideração as necessidades individuais do paciente. Além disso, o psiquiatra desempenha um papel fundamental na avaliação diagnóstica e no acompanhamento clínico, proporcionando suporte emocional e trabalhando em conjunto com outros profissionais de saúde mental para garantir o melhor resultado no tratamento do transtorno depressivo.

 

Endocrinologista

No contexto do tratamento do transtorno depressivo, o endocrinologista desempenha um papel importante na avaliação e tratamento de possíveis desequilíbrios hormonais que podem estar relacionados aos sintomas depressivos.

 

O endocrinologista é o médico especializado no estudo das glândulas endócrinas, responsáveis pela produção e regulação dos hormônios no organismo. Dessa forma, ele é capaz de identificar alterações hormonais que podem estar contribuindo para os sintomas depressivos apresentados pelo paciente.

 

Um exemplo de desequilíbrio hormonal que pode afetar o estado emocional e estar associado à depressão é a disfunção da glândula tireoide. A tireoide é responsável pela produção dos hormônios tireoidianos, que desempenham um papel fundamental no metabolismo e no funcionamento adequado do sistema nervoso. Quando há um mau funcionamento da tireoide, seja por hipotireoidismo ou hipertireoidismo, pode haver sintomas depressivos, como falta de energia, alterações de humor e dificuldade de concentração. O endocrinologista é capaz de diagnosticar e tratar essas condições, restabelecendo o equilíbrio hormonal e melhorando os sintomas depressivos associados.

 

Além disso, o endocrinologista pode avaliar outros desequilíbrios hormonais que podem ter impacto no estado emocional, como o desequilíbrio de hormônios sexuais, como estrogênio e testosterona, e desequilíbrios relacionados ao sistema adrenal, como o cortisol. Esses hormônios desempenham um papel importante na regulação do humor, e alterações nos níveis podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento dos sintomas depressivos. O endocrinologista é capaz de identificar esses desequilíbrios e propor tratamentos adequados, que podem incluir a reposição hormonal, quando necessário.

 

É importante ressaltar que a depressão não é exclusivamente causada por desequilíbrios hormonais, e o tratamento com o endocrinologista pode não ser indicado para todos os casos. O diagnóstico e tratamento da depressão devem ser realizados por uma equipe multidisciplinar, incluindo o psicólogo, psiquiatra, nutricionista e professor de educação física. Cada profissional contribui com sua expertise para um tratamento abrangente e integrado, considerando todas as dimensões da saúde do paciente.

 

Em suma, o endocrinologista desempenha um papel relevante no tratamento do transtorno depressivo, especialmente na identificação e tratamento de desequilíbrios hormonais que podem estar contribuindo para os sintomas depressivos. Ao avaliar e corrigir esses desequilíbrios, o endocrinologista contribui para a melhora do quadro depressivo e para a promoção do bem-estar emocional do paciente.

 

Nutricionista

No contexto do tratamento do transtorno depressivo, o nutricionista desempenha um papel fundamental ao fornecer orientação sobre uma alimentação adequada que promova a saúde mental e auxilie no manejo dos sintomas depressivos.

 

A alimentação desempenha um papel crucial na nossa saúde física e mental. Estudos científicos têm demonstrado que certos nutrientes estão relacionados à regulação do humor, à saúde cerebral e à prevenção e tratamento da depressão. O nutricionista é o profissional capacitado para orientar o paciente sobre quais alimentos e nutrientes são benéficos para a saúde mental.

 

Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes pode ajudar a promover o bom funcionamento do cérebro e a produção de neurotransmissores, substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre as células nervosas. Alimentos como frutas, legumes, cereais integrais, peixes, nozes e sementes são exemplos de fontes de nutrientes importantes para a saúde mental, como vitaminas do complexo B, ômega-3, triptofano e antioxidantes.

 

Além disso, o nutricionista pode orientar sobre a importância de evitar o consumo excessivo de alimentos processados, ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e aditivos químicos, que podem ter um impacto negativo no estado emocional e agravar os sintomas da depressão.

 

Cada indivíduo é único, e o nutricionista, por meio de uma avaliação individualizada, pode identificar necessidades específicas e desenvolver um plano alimentar personalizado, considerando as preferências, restrições e necessidades de cada pessoa. Além disso, o nutricionista também pode auxiliar na identificação e correção de deficiências nutricionais que podem estar associadas aos sintomas depressivos.

 

É importante ressaltar que o nutricionista não substitui outros profissionais no tratamento da depressão, como o psicólogo e o psiquiatra. O trabalho em equipe multidisciplinar é essencial para uma abordagem abrangente e eficaz. O nutricionista trabalha em conjunto com os demais profissionais, contribuindo para a melhoria do bem-estar emocional do paciente por meio de uma alimentação adequada.

 

Em resumo, o nutricionista desempenha um papel relevante no tratamento do transtorno depressivo, fornecendo orientações nutricionais que promovem a saúde mental e auxiliam no manejo dos sintomas depressivos. Por meio de uma alimentação equilibrada e personalizada, o nutricionista contribui para melhorar o estado emocional, fornecendo nutrientes essenciais para a saúde cerebral e promovendo o bem-estar global do paciente.

 

Professor de Educação Física

No contexto do tratamento do transtorno depressivo, o professor de educação física desempenha um papel relevante ao prescrever atividades físicas adequadas que promovam o aumento da produção de neurotransmissores relacionados ao bem-estar e ao alívio dos sintomas depressivos.

 

A prática regular de atividade física tem sido amplamente reconhecida como um importante componente do tratamento da depressão. Durante a atividade física, o organismo libera endorfinas, serotonina e outros neurotransmissores que estão relacionados ao prazer, ao relaxamento e ao bom humor. Essas substâncias ajudam a reduzir os sintomas da depressão e promovem uma sensação de bem-estar geral.

 

O professor de educação física, com seu conhecimento e expertise na área, é capaz de prescrever e orientar o paciente sobre quais atividades físicas são mais adequadas ao seu estado de saúde e condicionamento físico. Ele pode levar em consideração as preferências individuais, as limitações físicas e os objetivos do paciente, desenvolvendo um programa de exercícios personalizado.

 

As atividades físicas podem variar desde caminhadas, corridas, ciclismo, natação, dança até exercícios em academia, como musculação e treinamento funcional. O professor de educação física é capaz de adaptar os exercícios de acordo com as necessidades e capacidades do paciente, garantindo que a prática seja segura e eficaz.

 

Além dos benefícios neuroquímicos, a prática regular de exercícios físicos também proporciona outros efeitos positivos para a saúde mental. Aumenta a sensação de autoestima e autoconfiança, melhora a qualidade do sono, reduz o estresse e a ansiedade, promove o relaxamento e contribui para a melhoria da função cognitiva e da concentração.

 

É importante ressaltar que o professor de educação física não substitui os outros profissionais envolvidos no tratamento da depressão, como o psicólogo, o psiquiatra, o endocrinologista e o nutricionista. O trabalho em equipe multidisciplinar é fundamental para um tratamento completo e eficaz. O professor de educação física atua em conjunto com os demais profissionais, integrando a prática de exercícios físicos ao plano terapêutico do paciente.

 

Em resumo, o professor de educação física desempenha um papel significativo no tratamento do transtorno depressivo ao prescrever atividades físicas que estimulem a produção de neurotransmissores relacionados ao bem-estar. Sua expertise na área permite a criação de programas personalizados que atendam às necessidades individuais do paciente. A prática regular de exercícios físicos, sob orientação do professor de educação física, contribui para a redução dos sintomas depressivos, o aumento do bem-estar emocional e a melhoria da qualidade de vida.

 

Sendo assim, a depressão é um transtorno que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, comprometendo a saúde mental e a qualidade de vida. Felizmente, a depressão tem tratamento e a busca por ajuda profissional é fundamental nesse processo de recuperação. Uma abordagem eficaz e abrangente para o tratamento da depressão envolve a atuação de uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais qualificados, tais como psicólogo, psiquiatra, endocrinologista, nutricionista e professor de educação física.

 

O psicólogo desempenha um papel central nesse processo, oferecendo suporte emocional. Ele ajuda o paciente a compreender suas emoções, a lidar com suas dificuldades e a desenvolver estratégias para enfrentar os desafios da vida.

 

O psiquiatra, por sua vez, é responsável por avaliar e diagnosticar o transtorno depressivo, podendo prescrever medicamentos apropriados para o tratamento, quando necessário. Ele monitora o paciente, realiza ajustes na medicação, se necessário, e oferece orientações sobre o uso correto dos medicamentos.

 

O endocrinologista desempenha um papel importante ao avaliar e tratar desequilíbrios hormonais que podem contribuir para os sintomas depressivos. Ele investiga possíveis disfunções no sistema endócrino, como problemas na tireoide, que podem influenciar no estado de ânimo e bem-estar do paciente.

 

O nutricionista atua na avaliação e orientação alimentar, fornecendo informações sobre uma alimentação adequada que inclua nutrientes essenciais para a saúde mental. A relação entre alimentação e humor é cada vez mais reconhecida, e uma dieta equilibrada pode auxiliar na melhora dos sintomas depressivos e na promoção do bem-estar geral.

 

Por fim, o professor de educação física desempenha um papel importante na prescrição de atividades físicas que contribuam para o aumento da produção de neurotransmissores relacionados ao bem-estar. A prática regular de exercícios físicos, sob orientação desse profissional, ajuda a reduzir os sintomas da depressão, promove o relaxamento, melhora a autoestima e contribui para a melhoria da qualidade de vida do paciente.

 

A importância da equipe multidisciplinar no tratamento da depressão reside na abordagem completa e integrada que cada profissional oferece. Cada um tem uma expertise específica e contribui de forma complementar para o cuidado do paciente, visando a melhoria de sua saúde mental e qualidade de vida. Essa abordagem multidisciplinar abrange aspectos físicos, emocionais e psicológicos, reconhecendo que a depressão é uma condição complexa que requer cuidados holísticos.

 

É importante destacar que o tratamento da depressão é um processo contínuo e individualizado. Cada paciente é único e pode requerer abordagens diferentes. A colaboração entre os profissionais da equipe multidisciplinar, assim como a participação ativa do paciente no seu próprio tratamento, são fundamentais para obter resultados positivos.

 

Portanto, a depressão tem tratamento e é possível melhorar a qualidade de vida do cliente/paciente. Com uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogo, psiquiatra, endocrinologista, nutricionista e professor de educação física, é possível abordar a depressão de forma abrangente, considerando todos os aspectos envolvidos. Essa abordagem integrada proporciona uma maior chance de recuperação e uma melhora significativa na qualidade de vida das pessoas que sofrem com esse transtorno.

 

Acimarley Freitas

26 de junho de 2023


 

O Poder de Fechar Ciclos: Renovação e Oportunidades

 

Fechar ciclos é uma parte essencial do processo de crescimento e transformação pessoal. Quando nos permitimos encerrar capítulos antigos em nossas vidas, abrimos espaço para a chegada de novas oportunidades e a renovação de nosso ser. Neste texto, exploraremos a importância de fechar ciclos, destacando como essa prática pode impulsionar o desenvolvimento e trazer uma nova perspectiva para nossa jornada.

Fechar ciclos é um ato de coragem e sabedoria. Significa reconhecer que certas situações, relacionamentos ou fases de vida cumpriram seu propósito e não nos servem mais. Ao nos desapegarmos do passado, permitimos que o presente se desdobre diante de nós, com suas infinitas possibilidades.

Primeiramente, fechar ciclos nos liberta de fardos emocionais e nos ajuda a curar feridas do passado. Ao encerrar relacionamentos tóxicos ou situações que nos causaram dor, abrimos espaço para a cura e o crescimento interior. É como limpar uma gaveta cheia de objetos velhos e empoeirados, permitindo que a energia flua livremente novamente.

Além disso, ao fechar ciclos, abrimos a porta para novas oportunidades. Quando nos agarramos ao passado, seja por medo, comodismo ou apego emocional, limitamos nossa capacidade de experimentar coisas novas. A vida é cheia de surpresas e chances de crescimento, mas só podemos abraçá-las se estivermos dispostos a abrir mão do que já conhecemos.

Fechar ciclos também nos permite evoluir e nos reinventar. À medida que nos despedimos de velhas identidades e padrões limitantes, temos a oportunidade de nos descobrirmos novamente. Podemos explorar novos interesses, desenvolver novas habilidades e abraçar novas perspectivas. É um processo contínuo de renovação, no qual nos reinventamos constantemente.

Sendo assim, fechar ciclos não é um processo fácil, mas é um passo fundamental em direção à nossa realização pessoal. Ao deixar para trás o que já não nos serve, abrimos espaço para novas oportunidades, crescimento e renovação. É uma jornada de coragem, autodescoberta e transformação. Portanto, convido você a refletir sobre os ciclos em sua vida que precisam ser fechados e permitir-se embarcar nessa jornada de renovação. Lembre-se de que, ao fechar ciclos, você está criando espaço para um futuro cheio de possibilidades e um encontro renovado consigo mesmo.

 

Acimarley Freitas

24 de junho de 2023

 








Não Desista: Encontre Força nas Adversidades

 

A vida é uma jornada repleta de desafios, obstáculos e incertezas. Por vezes, nos deparamos com situações que parecem insuperáveis, que nos testam até os nossos limites mais profundos. Diante desses momentos difíceis, é fácil sucumbir à tentação de desistir, de abandonar os sonhos e as esperanças. No entanto, é justamente nesses momentos de adversidade que encontramos uma oportunidade única de crescimento e superação.

 

Quando nos deparamos com obstáculos aparentemente intransponíveis, é natural sentir-se desencorajado e questionar a própria capacidade. Mas é importante lembrar que dentro de cada um de nós reside uma força incrível, capaz de enfrentar e superar qualquer desafio que se apresente. Essa força reside na resiliência, na determinação e na crença em si mesmo.

 

Olhe para trás e relembre os momentos em que superou dificuldades passadas. Reflita sobre as batalhas que já venceu e como elas moldaram a pessoa que você é hoje. Você já demonstrou coragem e perseverança em situações anteriores, e isso serve como prova de que você é capaz de seguir em frente, mesmo quando tudo parece desmoronar ao seu redor.

 

Não desistir não significa ignorar as emoções ou fingir que os desafios não existem. Pelo contrário, significa reconhecer a dor, a frustração e o medo, mas escolher enfrentá-los de frente. É permitir-se chorar, mas também encontrar forças para se levantar novamente. É compreender que falhas e reveses fazem parte do processo de crescimento, e que cada experiência é uma oportunidade de aprendizado e amadurecimento.

 

Encontre apoio nas pessoas que o cercam. Compartilhe suas dificuldades e busque orientação e suporte. Um amigo, um familiar ou um profissional, como um psicólogo, podem oferecer um olhar diferente e encorajador para a situação que está enfrentando. Às vezes, apenas falar sobre o que estamos passando alivia o peso e nos dá uma nova perspectiva.

 

Lembre-se de que os momentos mais desafiadores são frequentemente os momentos de maior transformação. Ao enfrentar os obstáculos, você desenvolve habilidades, aprende lições valiosas e descobre a sua própria resiliência. É como uma borboleta emergindo do casulo, fortalecida e pronta para voar.

 

Portanto, não desista. Cultive a perseverança e acredite em si mesmo. Use os desafios como degraus para o seu crescimento pessoal. Encontre motivação nas pequenas vitórias diárias e celebre cada passo dado na direção dos seus objetivos. Lembre-se de que o sucesso não é medido apenas pelo destino final, mas também pela jornada que percorremos.

 

No caminho da vida, haverá momentos em que as lágrimas virão, as quedas serão inevitáveis e as dúvidas surgirão. Mas é nesses momentos que sua verdadeira força se revela. Olhe para dentro de si, encontre a coragem que está adormecida e siga em frente. Acredite que você é capaz de superar todas as dificuldades e alcançar seus sonhos mais profundos.

 

Não desista, pois você é mais forte do que imagina e o futuro reserva grandes conquistas para aqueles que persistem. Mantenha-se firme, confie no processo e saiba que cada passo dado é um passo em direção a uma vida plena e realizada.

 



A Importância de Ser uma Pessoa Disciplinada

 

A disciplina é um traço fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer indivíduo. Ela se caracteriza pela capacidade de estabelecer metas, seguir um planejamento, manter o foco e tomar as ações necessárias para alcançar os objetivos desejados. Ser uma pessoa disciplinada vai além de simplesmente cumprir regras ou horários; é um estilo de vida que traz inúmeros benefícios e impacta positivamente todas as áreas da vida.

                   

Em primeiro lugar, a disciplina proporciona uma base sólida para o autodomínio. Quando somos disciplinados, conseguimos controlar nossos impulsos e lidar de maneira mais eficiente com as tentações e distrações que surgem no caminho. Isso nos permite resistir às gratificações instantâneas em prol de resultados a longo prazo, fortalecendo a nossa capacidade de tomar decisões conscientes e mais alinhadas com nossos valores.

 

Além disso, a disciplina está diretamente relacionada ao desenvolvimento de hábitos saudáveis. Ao estabelecer uma rotina disciplinada, somos capazes de adotar comportamentos positivos, como a prática regular de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e uma boa gestão do tempo. Esses hábitos se tornam parte integrante de nossa vida, promovendo bem-estar físico e mental.

 

A disciplina também é um fator crucial para o alcance de metas e objetivos. Ela nos impulsiona a persistir mesmo diante de desafios e adversidades, pois entendemos que a jornada para o sucesso exige esforço contínuo. Através da disciplina, estabelecemos um plano de ação, organizamos nossas prioridades e trabalhamos de forma consistente para atingir nossos sonhos. Isso nos torna mais produtivos, eficientes e nos coloca em uma posição de destaque em nossas áreas de atuação.

 

Ademais, a disciplina contribui para o fortalecimento da autoconfiança e da autoestima. Quando somos capazes de cumprir nossos compromissos e alcançar nossas metas, desenvolvemos uma sensação de realização pessoal e reconhecimento de nossas próprias habilidades. Isso nos impulsiona a buscar novos desafios e acreditar cada vez mais em nosso potencial, abrindo portas para um crescimento pessoal constante.

 

Por fim, ser uma pessoa disciplinada nos permite aproveitar ao máximo as oportunidades que a vida nos apresenta. Quando estamos preparados e organizados, somos capazes de reconhecer e aproveitar as chances que surgem em nosso caminho. A disciplina nos torna mais receptivos a novas experiências e nos capacita a estar prontos para os momentos de transformação e crescimento.

 

Sendo assim, ser disciplinado é um investimento valioso em si mesmo. Essa qualidade nos proporciona autodomínio, hábitos saudáveis, alcance de metas, fortalecimento da confiança e aproveitamento máximo das oportunidades. Ser uma pessoa disciplinada requer esforço e comprometimento, mas os resultados são recompensadores. Portanto, busquemos cultivar a disciplina em nossas vidas, pois ela nos guiará para uma jornada de sucesso e realização pessoal.


Acimarley Freitas

20 de junho de 2023

 




Além das Lágrimas: é preciso ressignificar

 

A vida nem sempre nos reserva caminhos fáceis. Em algum momento, todos nós enfrentamos a dor da perda, um vazio profundo que parece consumir nossa alma. É nesses momentos de profunda tristeza que a solidão nos abraça, nos fazendo sentir como se estivéssemos navegando em um oceano de emoções avassaladoras.

 

Mas, mesmo nas noites mais escuras, há uma luz que pode nos guiar em direção à cura e à transformação: a psicologia e a psicoterapia. Esses campos do conhecimento oferecem um espaço seguro, um refúgio onde podemos expressar nossas dores mais íntimas, compartilhar nossos medos e angústias, sem julgamentos.

 

O papel do psicólogo nesse processo é fundamental. Ele é um guia compassivo, alguém que nos ajuda a navegar pelas turbulências emocionais, oferecendo suporte, compreensão e ferramentas para lidar com a dor. Através de um relacionamento de confiança, o psicólogo nos auxilia a explorar nossos sentimentos mais profundos, a compreender os padrões de pensamento que nos aprisionam e a encontrar recursos internos para a superação.

 

A psicoterapia nos proporciona um novo tempo, um espaço onde podemos ressignificar nossa história. É nesse ambiente terapêutico que descobrimos que somos capazes de fechar ciclos, de transformar a dor em aprendizado e de reconstruir nossa vida. Ressignificar não é apagar as lembranças ou ignorar a importância do que foi perdido, mas sim encontrar um novo significado para a existência, permitindo-nos crescer e evoluir com a experiência.

 

Ao abraçarmos a jornada da ressignificação, descobrimos que há vida além das lágrimas. Aos poucos, aprendemos a valorizar os momentos de alegria, a cultivar novos relacionamentos, a buscar propósitos que nos motivem e inspirem. Encontramos força interior para enfrentar os desafios e transformar a dor em combustível para o crescimento pessoal.

 

Portanto, se você está passando por um momento de perda e solidão, saiba que há ajuda e esperança disponíveis. Procure um profissional capacitado, um psicólogo que possa caminhar ao seu lado nessa jornada de ressignificação. Lembre-se de que você é capaz de viver uma vida plena e significativa, mesmo além das lágrimas.

 

Acredite em seu potencial de cura e transformação. Permita-se reconstruir, redescobrir e renascer. A vida ainda reserva muitas surpresas e possibilidades. Encontre conforto na busca pelo apoio terapêutico e abra-se para um novo capítulo repleto de esperança, amor e superação.

 

Você merece viver uma vida plena. E, com coragem e resiliência, você pode trilhar o caminho da ressignificação, encontrando um novo sentido e valorizando cada experiência que a vida lhe oferece.

 

Acredite em si mesmo(a) e no poder transformador que existe dentro de você. Você é capaz de ir além das lágrimas e encontrar a felicidade que merece.

 

Acimarley Freitas

CRP – 04/54732

 


As Múltiplas Faces das Manifestações do Luto: Um Olhar Psicofisiológico

 

O luto é um processo emocionalmente desafiador e complexo que acompanha a perda de alguém significativo em nossas vidas. As manifestações do luto vão além da tristeza profunda e envolvem uma ampla gama de reações psicofisiológicas que afetam o indivíduo como um todo. Com base na ciência da psicologia, podemos explorar as múltiplas faces dessas manifestações e compreender como elas impactam as dimensões emocionais, físicas, cognitivas, comportamentais, sociais e espirituais do ser humano.

 

Reações Emocionais:

Durante o luto, é comum experienciar uma intensa tristeza, desespero e vazio emocional. Além disso, podem surgir sentimentos de raiva, culpa, ansiedade e medo em relação ao futuro. Essas emoções podem variar em intensidade e frequência ao longo do processo de luto, refletindo a complexidade das reações emocionais.

 

Reações Físicas:

O luto também se manifesta no corpo humano. Pode-se observar sintomas físicos como fadiga, falta de energia, distúrbios do sono, perda ou aumento de apetite e sensação de aperto no peito. Essas manifestações físicas são uma resposta direta ao estresse emocional e às mudanças bioquímicas que ocorrem no organismo durante o processo de luto.

 

Reações Cognitivas:

A perda pode afetar o pensamento e a cognição. Durante o luto, é comum ter dificuldade de concentração, problemas de memória, pensamentos intrusivos sobre a perda e um senso de irrealidade. Essas reações cognitivas são reflexos da intensa carga emocional que o indivíduo está enfrentando.

 

Reações Comportamentais:

As manifestações do luto também podem se refletir em mudanças comportamentais. Isso pode incluir isolamento social, evitar situações ou lugares que lembrem a pessoa falecida, busca por objetos ou lembranças do ente perdido, agitação, inquietação ou até mesmo comportamentos de risco. Essas alterações comportamentais são uma forma de lidar com a perda e expressar a dor emocional.

 

Reações Sociais:

O luto não ocorre em um vácuo social. As relações interpessoais desempenham um papel importante nesse processo. Durante o luto, o indivíduo pode enfrentar dificuldades em se relacionar com os outros, sentir-se isolado ou incompreendido. Ao mesmo tempo, o apoio social adequado pode fornecer conforto e auxiliar na adaptação ao luto.

 

Reações Espirituais:

Para muitas pessoas, o luto também desencadeia questões espirituais e existenciais. Pode-se vivenciar uma busca por significado, questionamentos sobre a vida e a morte, e uma necessidade de encontrar consolo em suas crenças espirituais ou filosóficas. Essas reações espirituais são uma forma de lidar com a perda e encontrar um senso de conexão e propósito.

 

Sendo assim, o luto é um processo complexo que abrange diversas manifestações nas dimensões emocionais, físicas, cognitivas, comportamentais, sociais e espirituais do ser humano. Compreender e reconhecer essas múltiplas faces do luto é fundamental para proporcionar suporte adequado às pessoas que estão enfrentando a perda. A ciência da psicologia nos ajuda a compreender a complexidade dessas reações psicofisiológicas, auxiliando no desenvolvimento de estratégias e intervenções que possam ajudar as pessoas a enfrentarem o luto de forma saudável e adaptativa.

 

Acimarley Freitas

CRP – 04/54732

19 de junho de 2023

 


Compreendendo as Fases do Processo de Elaboração do Luto: Navegando pelas Emoções da Perda

 

O luto é uma jornada profundamente pessoal e emocional que enfrentamos diante da perda de alguém ou algo significativo em nossas vidas. É um processo complexo, repleto de diferentes estágios e desafios que exigem coragem, paciência e autocompaixão para serem superados. Ao longo desse caminho, passamos por fases como a negação, raiva, negociação, depressão e, finalmente, a aceitação.

 

Cada fase do processo de elaboração do luto traz consigo uma experiência única de emoções e sentimentos intensos. Na fase da negação, tendemos a resistir à realidade da perda, buscando refúgio em uma falsa sensação de normalidade. Em seguida, a fase da raiva nos invade com um turbilhão de emoções, enquanto tentamos lidar com a injustiça e a frustração da perda.

 

À medida que seguimos adiante, entramos na fase da negociação, onde buscamos encontrar maneiras de lidar com a dor e a angústia. A seguir, a fase da depressão nos envolve em um véu de tristeza profunda e desamparo, exigindo que enfrentemos e vivenciemos nossa dor mais intensamente. Por fim, chegamos à fase da aceitação, onde, gradualmente, começamos a aceitar a perda e a encontrar uma nova perspectiva em nossas vidas.

 

Nesse processo, é importante lembrar que cada indivíduo vive e experimenta essas fases de maneira única. Não há um cronograma definido para a superação do luto, e cada pessoa precisa de seu próprio tempo e espaço para se curar. É um período de autodescoberta, de permitir-se sentir todas as emoções e buscar apoio emocional para auxiliar nessa jornada.

 

No entanto, apesar das dificuldades e do sofrimento que o luto pode trazer, há uma mensagem de esperança e motivação que emerge de toda essa experiência. A jornada do luto nos desafia a enfrentar nossa própria vulnerabilidade, a buscar apoio e a descobrir nossa própria força interior. Ao longo dessa caminhada, encontramos a resiliência, a capacidade de se reinventar e a oportunidade de encontrar um novo sentido e propósito em nossa vida.

 

Portanto, é importante lembrar que o luto não é o fim de nossa jornada, mas sim uma parte importante e transformadora dela. É um convite para nos tornarmos mais compassivos, mais autênticos e mais conectados com nós mesmos e com os outros. Por meio do amor, da compreensão e do apoio mútuo, podemos encontrar a coragem e a determinação para prosseguir nessa jornada, honrando nossa perda e buscando um futuro renovado.

 

Neste conjunto de textos, exploraremos cada fase do processo de elaboração do luto, examinando suas características e desafios emocionais, e fornecendo reflexões e orientações para aqueles que buscam compreender, lidar e encontrar esperança em meio a essa jornada. Que essas palavras possam oferecer conforto, clareza e inspiração para todos que enfrentam o desafio do luto, lembrando que a cura e a renovação são possíveis, mesmo após a perda mais dolorosa.

 

É importante lembrar que essas fases não são rígidas ou lineares, e a experiência de cada pessoa pode variar. Algumas pessoas podem passar por todas as fases, enquanto outras podem pular algumas etapas ou vivenciá-las de forma diferente. Cada processo de luto é único e individual.

 

Vamos lá:

 

Fase da Negação:

A fase de negação é uma das etapas do processo de elaboração do luto, geralmente observada logo após a perda significativa. Nessa fase, a pessoa enlutada pode se sentir incapaz de aceitar a realidade da perda e pode negar a sua ocorrência. É uma reação defensiva natural em que a pessoa tenta se proteger do impacto emocional avassalador que a perda pode causar.

 

Durante a fase de negação, é comum que a pessoa experimente uma sensação de irrealidade, como se estivesse vivendo um pesadelo ou em um estado de descrença. Pode haver uma forte resistência em aceitar a morte ou a ausência da pessoa amada. A negação pode se manifestar de diferentes maneiras, como rejeitar a informação da perda, evitar falar sobre o assunto, buscar evidências de que a pessoa ainda está presente ou até mesmo agir como se nada tivesse acontecido.

 

Essa fase de negação não é necessariamente algo negativo, mas sim um mecanismo de defesa temporário que permite à pessoa lidar com a intensidade das emoções envolvidas no luto. Ela oferece um período de transição gradual, permitindo que a pessoa se adapte à nova realidade aos poucos.

 

É importante ressaltar que a duração da fase de negação varia de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem passar por ela rapidamente, enquanto outras podem prolongar essa etapa por um período mais extenso. É fundamental que cada pessoa viva seu próprio processo de luto, respeitando seus sentimentos e buscando apoio quando necessário.

 

À medida que a pessoa progride no processo de elaboração do luto, a negação tende a diminuir gradualmente, abrindo espaço para outras fases, como a raiva, a tristeza e, eventualmente, a aceitação. É importante lembrar que não existe uma trajetória linear no luto, e as fases podem se sobrepor e se entrelaçar ao longo do processo.

 

Nessa fase, é recomendado que a pessoa receba apoio emocional, seja por meio de familiares e amigos compreensivos, grupos de apoio ou acompanhamento psicológico especializado. O suporte adequado pode ajudar a pessoa enlutada a lidar com a negação de forma saudável e a progredir em direção à aceitação da perda, permitindo assim uma melhor adaptação e uma jornada de cura mais efetiva.

 

Fase da Raiva:

A fase da raiva é uma etapa do processo de elaboração do luto que ocorre após a fase de negação. Nessa fase, a pessoa enlutada começa a experienciar intensos sentimentos de raiva, revolta e frustração em relação à perda que sofreu. Essa raiva pode ser direcionada para várias direções, como a pessoa falecida, outras pessoas envolvidas na situação, Deus, o destino ou até mesmo a si mesma.

 

A raiva pode se manifestar de diferentes formas, variando de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem ficar irritadas, explosivas e expressar sua raiva abertamente, enquanto outras podem internalizá-la e se sentir ressentidas. É importante compreender que esses sentimentos de raiva são uma reação natural diante da perda e fazem parte do processo de luto.

 

Durante essa fase, a pessoa pode questionar a injustiça da situação, sentir-se injustiçada e buscar culpados pelo ocorrido. É comum experimentar uma sensação de impotência diante da perda, o que pode resultar em raiva acumulada. É importante permitir que esses sentimentos sejam expressos de forma saudável, sem prejudicar a si mesmo ou a outras pessoas.

 

É fundamental compreender que a raiva é uma emoção normal e faz parte do processo de elaboração do luto. Ela pode ser vista como uma forma de lidar com a dor e a tristeza da perda. À medida que a pessoa vivencia e expressa a raiva de forma adequada, ela pode experimentar um alívio temporário e, gradualmente, avançar em direção à próxima fase do luto.

 

É importante ressaltar que cada pessoa vivencia a fase da raiva de maneira única e em diferentes intensidades. Algumas pessoas podem sentir uma raiva passageira, enquanto outras podem experimentá-la por um período mais prolongado. É essencial que a pessoa enlutada seja gentil consigo mesma durante essa fase e busque apoio emocional, seja por meio de terapia, grupos de apoio ou conversas com entes queridos.

 

À medida que a pessoa progride na fase da raiva, é possível que ela comece a experimentar outros sentimentos, como tristeza, culpa ou desespero. O luto é um processo complexo e não linear, e as fases podem se sobrepor e se entrelaçar. Cada pessoa vive seu próprio processo de luto e requer tempo e compreensão para percorrer esse caminho de cura e transformação.

 

Fase da Negociação

A fase da negociação é uma etapa do processo de elaboração do luto que ocorre após a fase da raiva. Nessa fase, a pessoa enlutada começa a buscar maneiras de encontrar algum tipo de alívio ou solução para lidar com a perda e a dor emocional que está vivenciando. É uma tentativa de negociar com a realidade e encontrar formas de lidar com o vazio deixado pela ausência da pessoa amada.

 

Durante essa fase, é comum que a pessoa faça promessas, busque alternativas ou até mesmo faça barganhas para tentar reverter a perda. Ela pode se sentir desesperada em encontrar uma solução para a situação, mesmo que seja impossível ou irreal. Essa negociação pode envolver pensamentos do tipo "se ao menos eu tivesse feito algo diferente" ou "se eu fizer isso, talvez a pessoa volte".

 

É importante compreender que a negociação é uma forma de defesa psicológica utilizada pela pessoa enlutada para tentar enfrentar a realidade dolorosa do luto. É um esforço para buscar algum controle ou sentido diante da perda significativa que ocorreu. No entanto, é importante ressaltar que, na maioria das vezes, essas negociações são irrealizáveis e não trazem a pessoa de volta.

 

É comum que a fase da negociação seja marcada por sentimentos contraditórios, oscilando entre a esperança e a desilusão. A pessoa pode experimentar momentos de otimismo e acreditar que encontrará uma solução ou uma forma de superar a perda. Ao mesmo tempo, pode se deparar com a realidade da morte e perceber que não há como reverter o ocorrido.

 

À medida que a pessoa progride na fase da negociação, é importante que ela vá gradualmente reconhecendo a impossibilidade de alcançar o que deseja através das negociações. Essa conscientização pode trazer consigo uma sensação de tristeza, frustração e desamparo. É um momento em que a pessoa começa a aceitar a realidade da perda, mesmo que isso seja extremamente doloroso.

 

É fundamental que a pessoa enlutada seja gentil consigo mesma durante a fase da negociação. É um momento de transição e de reconhecimento gradual da realidade do luto. Buscar apoio emocional, seja através de terapia, grupos de apoio ou conversas com entes queridos, pode ajudar a pessoa a lidar com as emoções conflitantes e a encontrar formas mais saudáveis de enfrentar o processo de luto.

 

É importante ressaltar que o processo de luto é único para cada pessoa, e as fases podem se sobrepor e se entrelaçar. Cada indivíduo vive seu próprio processo de luto e requer tempo e compreensão para percorrer esse caminho de cura e transformação.

 

Fase da Depressão:

A fase da depressão é uma das etapas do processo de elaboração do luto. Nessa fase, a pessoa enlutada vivencia uma profunda tristeza e desesperança diante da perda significativa que enfrentou. É uma fase marcada pela intensidade das emoções negativas, que podem se manifestar de diferentes maneiras.

 

Durante a fase da depressão, é comum que a pessoa sinta uma grande dor emocional, melancolia e desânimo. Ela pode experimentar um sentimento de vazio, uma falta de interesse pelas atividades que antes lhe traziam prazer e uma perda geral de energia. A pessoa pode se isolar socialmente, ter dificuldade para dormir ou dormir em excesso, apresentar alterações no apetite e sentir uma falta de esperança em relação ao futuro.

 

A depressão no processo de luto pode ser uma resposta natural à perda, pois é uma forma de o organismo e a mente lidarem com a dor emocional intensa. É importante compreender que a tristeza profunda e a sensação de desamparo fazem parte do processo de cura. No entanto, se a pessoa enlutada apresentar sintomas graves de depressão, como pensamentos suicidas, incapacidade de realizar atividades diárias ou um agravamento significativo dos sintomas, é fundamental buscar ajuda profissional imediatamente.

 

Durante a fase da depressão, é crucial que a pessoa enlutada tenha um ambiente de apoio emocional. Amigos, familiares e profissionais de saúde mental podem oferecer suporte e compreensão nesse momento difícil. É importante que a pessoa seja encorajada a expressar suas emoções, falar sobre a perda e compartilhar suas experiências. O processo de luto não deve ser vivido de forma isolada.

 

É fundamental que a pessoa enlutada se permita vivenciar a tristeza e a dor da perda, mesmo que isso seja doloroso. Negar ou reprimir essas emoções pode prolongar o processo de luto e dificultar a adaptação à nova realidade. Aceitar e processar as emoções faz parte do caminho de cura.

 

A duração da fase da depressão varia de pessoa para pessoa. Alguns podem vivenciá-la por um período curto, enquanto outros podem passar por ela durante um tempo mais prolongado. O importante é lembrar que a depressão no luto não é um sinal de fraqueza, mas sim uma resposta emocional compreensível diante de uma perda significativa.

 

À medida que a pessoa avança na fase da depressão, pode ocorrer uma gradual diminuição da intensidade dos sentimentos negativos. Aos poucos, a pessoa pode começar a retomar o interesse por atividades, a encontrar alguma esperança e a perceber que é possível se adaptar à vida sem a presença da pessoa que foi perdida.

 

É fundamental ressaltar que cada pessoa vivencia o processo de luto de forma única, e as fases podem se sobrepor e se entrelaçar. O importante é permitir-se vivenciar as emoções, buscar apoio emocional e, se necessário, buscar ajuda profissional para enfrentar a fase da depressão e o processo de luto como um todo.

 

Fase da Aceitação:

A fase da aceitação é a última etapa do processo de elaboração do luto. Nessa fase, a pessoa enlutada começa a encontrar uma nova forma de lidar com a perda e a se adaptar à nova realidade, aceitando a ausência da pessoa amada. Embora a dor ainda possa estar presente, ela é vivenciada de maneira mais suportável.

 

Durante a fase da aceitação, a pessoa enlutada passa a compreender que a vida continuará, mesmo sem a presença física daquele que foi perdido. Ela reconhece que a perda é irreversível e que é preciso seguir em frente. Isso não significa que a pessoa tenha esquecido ou superado completamente a dor, mas sim que ela encontrou maneiras de conviver com a perda e reconstruir sua vida.

 

Nessa fase, a pessoa enlutada pode experimentar uma maior estabilidade emocional e uma sensação de paz interior. Ela pode voltar a se envolver em atividades que lhe trazem prazer, retomar relacionamentos sociais e encontrar um novo sentido de propósito e significado na vida. A aceitação não significa que a pessoa tenha esquecido a pessoa amada ou que não sinta falta dela, mas sim que ela aprendeu a conviver com a ausência e a encontrar formas de honrar a memória do ente querido.

 

É importante destacar que a fase da aceitação não implica em esquecer ou abandonar a memória da pessoa que se foi. Pelo contrário, a aceitação envolve um processo de reconciliação com a perda, no qual a pessoa enlutada reconhece a importância do vínculo e integra a lembrança da pessoa amada em sua vida de uma maneira saudável. A pessoa pode manter uma conexão emocional com aquele que partiu, guardando as lembranças e aprendendo a lidar com os momentos de saudade de uma forma que não seja incapacitante.

 

É importante ressaltar que o processo de aceitação não segue um cronograma fixo e pode variar de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem levar mais tempo para alcançar essa fase, enquanto outras podem avançar mais rapidamente. Cada pessoa tem seu próprio ritmo de cura e é fundamental respeitar e acolher as emoções e necessidades individuais.

 

Durante a fase da aceitação, é essencial continuar buscando apoio emocional, seja por meio de familiares, amigos, grupos de apoio ou profissionais de saúde mental. Compartilhar a experiência do luto e receber suporte pode ajudar a fortalecer o processo de aceitação e auxiliar na construção de uma nova vida, com significado e propósito.

 

É importante lembrar que o luto não é um processo linear, e as fases do luto podem se entrelaçar e se manifestar de formas diferentes em cada pessoa. O importante é permitir-se vivenciar todas as emoções, buscar apoio e cuidar de si mesmo durante todo o processo. Com o tempo e o suporte adequado, é possível encontrar um equilíbrio e reconstruir a vida após a perda.

 

Sendo assim, no processo de elaboração do luto, percorremos várias fases, cada uma trazendo seus desafios e emoções únicas. Recapitulando, passamos pela fase da negação, em que tentamos evitar a realidade da perda; a fase da raiva, em que nos revoltamos com a injustiça da situação; a fase da negociação, em que buscamos encontrar soluções e barganhas; a fase da depressão, em que nos sentimos tristes e desamparados. Por fim, chegamos à fase da aceitação, onde reconhecemos a perda e buscamos reconstruir nossa vida.

 

No entanto, o processo de luto não é uma linha reta e cada indivíduo vive e experiencia essas fases de maneira única. É importante lembrar que não há um prazo determinado para superar o luto e que cada pessoa precisa de seu próprio tempo e espaço para se curar.

 

Ao refletirmos sobre esse processo, podemos encontrar motivação para prosseguir. A jornada do luto é dolorosa e desafiadora, mas também nos proporciona a oportunidade de crescer e nos transformar. É na aceitação que descobrimos que somos mais fortes do que imaginamos. Através da dor, encontramos a resiliência e a capacidade de encontrar significado e propósito em nossa vida, mesmo na ausência daqueles que amamos.

 

Enquanto seguimos em frente, é essencial buscar apoio emocional, compartilhar nossas emoções com pessoas de confiança e procurar a ajuda de profissionais especializados. O suporte e a compreensão são fundamentais para nos auxiliar nesse processo de cura.

 

Lidar com o luto é um desafio, mas é importante lembrar que somos capazes de superá-lo. Cada fase nos leva mais perto da cura emocional e da possibilidade de reconstruir uma vida significativa e gratificante. A perda nunca será esquecida, mas com o tempo, amor e autocuidado, podemos encontrar esperança e força para enfrentar cada novo dia.

 

Portanto, encorajo você a perseverar nesse processo. Permita-se sentir todas as emoções, aceite o apoio daqueles ao seu redor e confie em sua própria capacidade de cura. Saiba que, mesmo nas profundezas da tristeza, há uma luz que brilha, esperando para guiá-lo em direção a um futuro renovado. Mantenha-se firme, confie no seu processo e saiba que você é capaz de encontrar a paz e a felicidade novamente, mesmo após a perda.

 

Acimarley Freitas

CRP – 04/54732