Você anda sentindo um cansaço que toma
conta de tudo?
Se quiser, me conte um pouco sobre isso.
Às vezes é difícil até nomear o que se passa
aí dentro. O corpo pesa, o coração parece apertado, mesmo quando tudo, de fora,
aparenta estar no lugar. Você segue em frente, faz o que precisa ser feito,
tenta cuidar do que é importante — e, ainda assim, parece que uma parte sua
ficou esquecida.
Ninguém percebe, não é? E você aprendeu
a não deixar transparecer. Segura as lágrimas, veste a força todos os dias,
evita incomodar. Acaba sendo o alicerce de muita coisa, mesmo quando sente que
tudo está desmoronando por dentro.
Há dias em que nem o descanso resolve.
Horas em que o sorriso está no rosto, mas a solidão aperta. Talvez, em algum
momento, você tenha pensado que era fraqueza sua, ou exagero — mas não é.
Esse peso não é menor do que parece. Ele
fala das dores e silêncios que você carrega. Das emoções guardadas, das
vontades abafadas, da necessidade de se colocar sempre por último. E, com o
tempo, esquecer de si acaba ficando automático.
Por isso, não se julgue: o que você
sente é legítimo. É o seu corpo, a sua alma pedindo atenção, pedindo pausa,
cuidado, reconexão.
Se permita um instante de gentileza com
você mesma. Talvez seja só um respiro mais fundo, um choro silencioso, ou um
“não” que você se permite dizer sem culpa. Esse pode ser o começo de um
encontro consigo: delicado, verdadeiro, transformador.
Não é tarde demais para olhar para você
— com carinho, com respeito, sem pressa. Há um caminho de volta, e ele está,
desde sempre, à sua espera.
Se essas palavras fizeram sentido pra
você, saiba que estou aqui para te escutar.