Psicologa Organizacional

5 de agosto de 2023

 




“Não aperte minha mente”

 

Era uma vez uma mente mágica, repleta de sonhos, desejos e mistérios. Essa mente pertencia a um cliente curioso que decidiu embarcar em uma jornada de autodescoberta e crescimento pessoal através da psicoterapia. Assim, ele encontrou um psicólogo encantador, especialista em desvendar os enigmas das mentes e ajudar seus clientes a florescerem.

 

O cliente, empolgado, entrou no consultório do psicólogo com brilho nos olhos e um sorriso cheio de expectativas. Contou histórias, compartilhou seus medos e anseios, mas a cada nova sessão, percebia que a mente, antes tão livre, estava sendo apertada por perguntas e reflexões profundas.

 

"Não aperte minha mente", pediu o cliente ao psicólogo, sentindo-se um pouco sufocado. "É como se você tentasse resolver todos os meus mistérios de uma vez, e eu ainda estou aprendendo a decifrar meus próprios enigmas."

 

O psicólogo, com toda a sua sabedoria e compreensão, sorriu gentilmente e respondeu: "Entendo completamente, meu caro. Minha intenção não é apertar sua mente, mas sim ajudá-lo a desvendá-la por si mesmo. A psicoterapia é como uma dança, na qual eu guio seus passos, mas você é o protagonista, explorando seus próprios movimentos e ritmos internos."

 

E assim, o cliente começou a entender que a jornada terapêutica era uma dança delicada, na qual ele se permitia mergulhar nas profundezas de sua própria mente, desvendando os segredos e iluminando as sombras. O psicólogo tornou-se um guia compassivo, proporcionando o espaço seguro para que o cliente explorasse livremente seus pensamentos e sentimentos.

 

Cada sessão era como um capítulo de uma história mágica, onde o cliente descobria novos horizontes internos e aprendia a lidar com suas emoções de forma saudável. O psicólogo, sempre atento e presente, sabia exatamente quando impulsionar o cliente a avançar e quando dar-lhe tempo para assimilar os aprendizados.

 

"Não aperte minha mente, mas me ajude a desdobrar minhas asas", pediu o cliente em outra ocasião. Ele estava aprendendo a voar dentro de sua própria mente, descobrindo a liberdade que existe ao aceitar suas vulnerabilidades e abraçar suas potencialidades.

 

O psicólogo continuou a guiá-lo com empatia e paciência, lembrando-o de que o processo de autoconhecimento é um caminho único e pessoal, que não precisa ser apressado ou pressionado. Juntos, eles desvendaram crenças limitantes, superaram obstáculos internos e celebraram as pequenas vitórias que surgiam ao longo do trajeto.

 

Com o tempo, o cliente aprendeu a arte da aceitação e da autocompaixão. Ele compreendeu que sua mente era um jardim de possibilidades, e que cultivar o autoconhecimento permitia que florescessem ideias criativas e sementes de felicidade.

 

E assim, a mente do cliente, que antes pedia para não ser apertada, floresceu em um verdadeiro jardim de sabedoria. Ele se tornou o autor da sua própria história, e o psicólogo se alegrou em vê-lo voar livremente, com suas asas desdobradas e o coração em paz.

 

E a moral dessa história é que, assim como o psicólogo compreendeu que não deveria apertar a mente do cliente, nós também devemos nos permitir essa gentileza interna. Em nossa jornada de autodescoberta, é essencial lembrar que não precisamos resolver todos os enigmas de uma só vez. Ao contrário, é importante abraçar o processo e nos dar o tempo necessário para florescer. Sejamos pacientes com nós mesmos, aprendendo a voar em nossas mentes sem medo de explorar os céus da nossa própria existência. E assim, como o cliente desta história, também poderemos descobrir o poder transformador de desdobrar nossas asas interiores, permitindo que a magia do autoconhecimento nos guie em direção à nossa melhor versão.

 

Acimarley Freitas

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