Psicologa Organizacional

5 de abril de 2025

 


 

Compreendendo a Distimia

 

A distimia, também conhecida como transtorno depressivo persistente, é uma forma crônica de depressão que afeta milhões de pessoas globalmente. No Brasil, este transtorno tem movido estudiosos a investigá-lo através de diversas lentes teóricas, possuindo características específicas que a diferenciam de outras formas de depressão.

 

Este artigo foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica, analisando obras de três teóricos brasileiros e as definições presentes no DSM-V. Busca-se trazer uma visão clara e acessível sobre a distimia, seus sintomas, etiologia e abordagens de tratamento, abordando tanto métodos tradicionais quanto alternativos.

 

Proporcionar uma compreensão clara e aprofundada da distimia para leitores com, no mínimo, formação de ensino médio, oferecendo informações que são tanto educativas quanto práticas.

 

Apresentar uma definição e compreensão da distimia segundo o DSM-V.

Discutir as contribuições de três teóricos brasileiros sobre o tema.

Explorar a etiologia e os sintomas da distimia.

Analisar tratamentos farmacológicos e terapêuticos vigentes.

Investigar terapias alternativas disponíveis.

 

Conceito e DSM-V

Segundo o DSM-V, distimia é caracterizada por um humor depressivo persistente, presente na maioria dos dias por um período de pelo menos dois anos. Não é tão intensa quanto a depressão maior, mas é cronicamente debilitante.

 

Nise da Silveira - Reconhecida por integrar elementos da psicologia junguiana, Silveira enfatiza a importância da expressão emocional como um meio de tratar transtornos mentais, incluindo a distimia.

 

Álvaro Cabral - Focado na psiquiatria comunitária, Cabral desenvolveu estudos sobre como o meio social e familiar influencia transtornos afetivos, como a distimia, trazendo também a importância da rede de apoio.

 

Jurandir Freire Costa - Com enfoque na psicopatologia, Freire Costa oferece uma análise crítica e histórica dos tratamentos e diagnósticos psiquiátricos no Brasil, incluindo a distimia, propondo uma leitura sociocultural dos sintomas.

 

A distimia, como outros transtornos afetivos, possui uma etiologia multifatorial. Fatores genéticos, ambientais, e aspectos neuroquímicos contribuem para seu desenvolvimento. Sintomas comuns incluem baixa autoestima, desesperança, fadiga crônica, e dificuldades de concentração.

 

O tratamento farmacológico para a distimia geralmente envolve o uso de antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Sua escolha baseia-se na individualidade do paciente, efeitos colaterais potenciais e eficácia do medicamento.

Inspirada na prática de Carl Rogers, a terapia centrada na pessoa busca criar um ambiente terapêutico que promova crescimento pessoal e autocompreensão. Essa abordagem é benéfica para pacientes com distimia, pois enfatiza a construção de um espaço seguro e empático.

 

Além dos tratamentos convencionais, práticas como meditação, terapia animal e yoga têm mostrado efeitos positivos como terapias complementares na redução dos sintomas distímicos, contribuindo para o bem-estar geral do paciente.

 

Compreender a distimia é fundamental para garantir a oferta de um tratamento eficiente e humanizado. Os estudos realizados por teóricos brasileiros somados às diretrizes do DSM-V proporcionam uma visão rica e diversificada, essencial para o avanço dos cuidados em saúde mental no Brasil.

 

Referências Bibliográficas

American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.).

Silveira, N. (1981). Imagens do Inconsciente. Ática.

Cabral, Á. (1999). A Psiquiatria no Brasil. Edições Universitárias Lusófonas.

Freire Costa, J. (1998). História da Psiquiatria no Brasil: Um corte epistemológico. Vozes.

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