Psicologa Organizacional

18 de agosto de 2025

 



É preciso vencer a culpa

 

A culpa é um sentimento que acompanha a experiência humana em diferentes áreas da vida. Muitas vezes, ela surge como um alerta para avaliarmos nossas escolhas e responsabilidades. Porém, quando se torna intensa, desproporcional ou contínua, pode se transformar em um peso que adoece a mente e o coração. Entender a origem desse sentimento é o primeiro passo para vencê-lo.

 

A culpa pode se manifestar de diferentes formas. A culpa religiosa aparece quando a pessoa acredita ter falhado diante de princípios espirituais ou divinos. A culpa familiar nasce de expectativas não atendidas em relação aos pais, filhos ou parceiros, carregando a sensação de “não ter feito o suficiente”. Já a culpa social é fruto da comparação com padrões impostos pela sociedade, onde o indivíduo sente que não se encaixa ou não corresponde ao esperado. No campo profissional, é comum a sensação de culpa por falhas no trabalho, por não alcançar metas ou por acreditar que poderia sempre ter feito mais. Há ainda a culpa que surge por fatalidades da vida, situações inesperadas e fora de controle, mas que, mesmo assim, são internalizadas como se fossem responsabilidades pessoais.

 

Para vencer a culpa, é essencial aceitar que errar ou não corresponder a todas as expectativas faz parte da condição humana. O desafio é identificar a origem desse sentimento e questionar se ele é real ou fruto de pressões externas. Em seguida, é preciso praticar o autoperdão, permitindo-se recomeçar sem o peso de um passado imutável. Ao ressignificar sentimentos e emoções, a pessoa aprende a olhar para suas experiências não como prisões, mas como oportunidades de aprendizado e crescimento. Sempre que possível, mudanças de comportamento podem fortalecer esse processo, trazendo coerência entre valores, atitudes e escolhas.

 

Superar a culpa é abrir espaço para uma vida mais leve. A prática do autoamor e da autocompaixão ajuda a construir uma relação mais saudável consigo mesmo. Ao aprender a se acolher, perdoar e compreender suas próprias limitações, a mente encontra paz e equilíbrio. Assim, pouco a pouco, a saúde mental se restabelece, e o indivíduo se descobre livre para viver com mais serenidade, propósito e autenticidade.

 

 

Acimarley Freitas


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