As tempestades da alma
Devastam a calma...
Deixam-nos apenas assombros,
Sufocam-nos sob os escombros...
Atiram-me ao vazio
E mesmo sóbrio, sinto-me ébrio...
Tingem de cinza todos os momentos...
Despedaçam-me esses tormentos...
Contudo, depois da escuridão...
Das sombras, da noite e da ilusão...
Há a claridade do dia,
Esperança, bonança, talvez alegria...
É preciso sair da mesmice...
Mesmo com recaídas de pieguice...
Moldar outro mosaico de destroços...
Matizar de cores novos prelúdios...
Permitir florir as emoções...
Dançar e cantar muitas canções...
Transbordar aromas nas missões...
Debulhar em versos nossas paixões...
E de repente haverá em nós...
Um novo tempo desfazendo nós.
A neve derreter-se-á de repente...
Será primavera, aqui, no presente.
Surgirão poesias e suas metáforas...
Que se enfeitarão de rimas diáfanas...
Desenharão um belo jardim...
Com certezas e correntezas sem fim...
E quando sinuosamente versar...
E quando silenciosamente desabrochar...
E quando possibilitarem dias claros...
E quando exalaram perfumes
raros...
Ver-se-ão abrir as grades da prisão...
É hora de voar em direção...
Aos sonhos, nos corações, refeitos...
Aos medos, por amor, desfeitos...
Não se podem aprisionar pássaros...
Muito menos sentimentos...
Bate as asas, agilmente, o colibri...
Em busca daquela flor que lhe sorri...
São muitas cores e flores...
Desfolhadas, dedilhadas pelos amores...
Mas o beija-flor vem de leve...
Quer que a lua o leve...
Para beijar aqui e além...
As estrelas do seu bem...
Sabe onde encontrar outrem..
Afinal, sempre, esteve dentro deste alguém!
Fonte: http://entrelinhaseversoscrisjoshaff.blogspot.com.br/2013/08/beija-flor.html
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