A síndrome de Burnout compreende os
sintomas característicos do colapso resultante da exaustão diante das
exigências profissionais.
O que é Burnout?
O termo Burnout tem origem na língua
inglesa, a partir da união de dois termos: burn e out, que respectivamente
significam queimar e fora. A união dos termos é melhor traduzida por algo como
“ser consumido pelo fogo”. A partir
da década de 80, autores como Maslach passaram a usar esse termo para designar
a síndrome decorrente da exaustão
emocional humana, ou seja, uma condição em que o sujeito tem suas energias
consumidas. A Síndrome de Burnout, como é chamada, compreende uma condição de estresse ligado ao trabalho, cuja
definição ainda não é um conceito fechado. Alguns autores afirmam que a
denominação deve levar em conta a questão da exaustão emocional, outros autores
afirmam que essa síndrome é uma resposta inadequada do sujeito diante de uma
situação de estresse crônico. Entre as principais características da exaustão
característica da síndrome de Burnout, está a falta de energia, a sensação de
sobrecarga emocional constante e de esgotamento físico e mental.
Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?
A palavra síndrome designa um
conjunto de sintomas, que podem ser físicos, psíquicos, de comportamento etc.
No caso da Síndrome de Burnout, os sintomas mais expressivos são: crescimento da fadiga constante, distúrbios
de sono, dores musculares, dores de cabeça e enxaquecas, problemas
gastrointestinais, respiratórios, cardiovasculares. Em mulheres, as
alterações no ciclo menstrual são um sintoma físico importante. Além desses,
existem sintomas psicológicos como: dificuldade
de concentração, lentificação ou alteração do pensamento, sentimentos negativos
sobre o viver, trabalhar e ser, impaciência,
irritabilidade, baixa autoestima, desconfiança, depressão, em alguns casos
paranoia.
A partir desses sintomas, o sujeito
acometido pela Síndrome de Burnout desenvolve comportamentos como: negligência ou perfeccionismo,
agressividade nas relações cotidianas, perda da flexibilidade emocional e da
capacidade de relaxar e planejar. Além disso, tende ao isolamento, à perda de interesse pelo trabalho e outras atividades.
Quais podem ser as causas?
As causas da Síndrome de Burnout
compreendem um quadro multidimensional
de fatores individuais e ambientais, que estão ligadas a uma percepção de desvalorização
profissional. Isso significa dizer que não se pode reduzir a causa a
fatores individuais como a personalidade ou algum tipo de propensão genética. O ambiente de trabalho e as condições de
realização deste podem também determinar o adoecimento ou não do sujeito.
Alguns autores afirmam que a
configuração do caso de Burnout passaria por estágios que vão desde uma
necessidade de autoafirmação profissional, passando por estágios comuns de
intensificação da dedicação ao trabalho que, levada a consequências extremas,
resultaria no esgotamento característico da síndrome. Entre outros estágios,
podemos destacar o caminho que passa pelo descaso crescente com relação às
atividades de cuidado de si, como comer e dormir, acompanhado por um recalque
de conflitos, caracterizado pelo não enfrentamento de situações que incomodam e
pela negação dos problemas. Além desses, o sujeito passa por um processo de
reinterpretação que faz com que coisas importantes sejam descartadas como
inúteis.
Nesse quadro, já se pode falar em uma
espécie de despersonalização,
uma vez que o sujeito age de formas tão distintas que se torna “outra pessoa”, marcada por
sinais de depressão,
desesperança e exaustão, ou seja, uma espécie de colapso físico
e mental que pode ser considerado
quadro de emergência médica ou psicológica.
Quais são os tratamentos possíveis?
Como a grande maioria dos casos de
adoecimento psicológico com consequências de somatização, o tratamento da
Síndrome de Burnout deve compreender uma estratégia multidisciplinar: farmacológico,
psicoterapêutico e médico. É sempre importante ressaltar a
relevância de um diagnóstico realizado de maneira competente, para que não se
cometam erros, como a confusão entre Burnout e Depressão, bastante comum nos
estágios iniciais, pela similaridade de sintomas.
Com relação ao uso de medicamentos, o
tratamento normalmente associa-se a antidepressivos e ansiolíticos. Este
tratamento deve estar vinculado ao acompanhamento psicológico, que potencializa
os efeitos do uso de medicamentos através da ressignificação e da retomada dos sentidos da história de vida do
sujeito. Além desses, o acompanhamento médico e a alteração de hábitos são
dimensões importantes. O encaminhamento
para novas práticas cotidianas como exercícios físicos e de relaxamento é de
extrema importância.
FONTE: http://www.brasilescola.com/psicologia/sindrome-burnout.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário