Diagnóstico
Basicamente consiste numa série de comportamentos que
perturbam quem está próximo, com atividades perigosas e até mesmo ilegais.
Esses jovens e crianças não se importam com os sentimentos dos outros nem
apresentam sofrimento psíquico por atos moralmente reprováveis. Assim o
comportamento desses pacientes apresenta maior impacto nos outros do que nos
próprios. O transtorno de conduta é uma
espécie de personalidade anti-social na juventude. Como a personalidade não
está completa, antes dos dezoito anos não se pode dar o diagnóstico de
personalidade patológica para menores, mas
a correspondência que existe entre a personalidade anti-social e o transtorno
de conduta é muito próxima.
Certos comportamentos como mentir ou matar aula podem ocorrer
em qualquer criança sem que isso signifique desvios do comportamento, contudo a partir de certos limites
pode significar. Para se diferenciar o comportamento desviante do normal é
necessário verificar a presença de outras características e comportamentos
desviantes, a permanência deles ao longo do tempo. Além das circunstâncias em
que o comportamento se dá, as companhias, o ambiente familiar, os valores e
exemplos que são transmitidos devem ser avaliados para o diagnóstico. O
transtorno de conduta é freqüente na infância e um dos maiores motivos de
encaminhamento a psiquiatria infantil.
Característica
Na juventude como a personalidade não está completa, antes
dos dezoito anos não se pode dar o diagnóstico de personalidade patológica para
menores, mas a correspondência que existe entre a personalidade anti-social e o
transtorno de conduta é muito próxima.
Curso
Tem sido observada uma tendência a se tratar de um problema
duradouro que inicia na infância podendo chegar à idade adulta. Como é um
transtorno relativamente novo não se pode afirmar cientificamente que durará a
vida toda. Por enquanto tem se verificado que quanto mais precoce o início,
maior a gravidade e tendência a durar ao longo da vida. Os sintomas mais leves
como mentiras, falta às aulas podem preceder comportamentos mais graves como
agressões físicas ou abuso de drogas. O desinteresse escolar e o próprio comportamento
desviante levam ao fracasso acadêmico, tornando o futuro dessas crianças ou
adolescentes mais limitado. O encontro com outras pessoas com o mesmo perfil
pode ocasionar na formação de gangues, o que significa um primeiro passo na
direção de atividades ilegais em grupo. Nesse caso as companhias podem
precipitar as atividades delinqüentes.
Alguns eventos da vida favorecem a permanência do
comportamento desviante, outros o atenuam. O ambiente escolar tanto pode
incentivar como inibir, dependendo de suas características. Constata-se que uma
boa escola faz diferença para a educação e formação dos adolescentes e
crianças. Igualmente o suporte familiar e o envolvimento afetivo. A
identificação com uma pessoa de boa índole tanto pode atenuar o comportamento como
precipitar e aprofundar um comportamento patológico quando o parceiro afetivo
age nesse sentido.
Um ciclo vicioso entre gerações é observado no ambiente
anti-social do transtorno de conduta. Filhos de pais anti-sociais tendem a ser
anti-sociais que por sua vez tendem a educar filhos anti-sociais perpetuando o
ciclo. Não há evidências suficientes para se afirmar que esse problema seja
mais genético do que ambiental, ou o contrário. Os estudos mostram influência
genética, mas isso apenas não é suficiente para fazer surgir o transtorno de
conduta.
Comorbidade
As crianças e adolescentes com transtorno de conduta
apresentam também mais do que outras pessoas na mesma faixa etária, incidência
de transtornos mentais. O mais freqüente é o déficit de atenção com
hiperatividade, estando presente em aproximadamente 43% dos casos, os
transtornos de ansiedade e obsessivo-compulsivos em 33% dos casos. O abuso de
substâncias psicoativas também é mais elevado dentre os adolescentes com
transtorno de conduta.
Tratamento
Os tratamentos citados na literatura não apresentam respostas
satisfatórias, mas alguma melhora do comportamento é possível de ser obtida com
uma intervenção em diferentes áreas. Psicoterapia individual, uso de medicação
para os sintomas mais proeminentes, psicoterapia familiar, orientação de pais,
treinamento dos envolvidos no trato direto como os professores. Abordagens
isoladas como psicoterapia individual dificilmente surtirão algum benefício.
Fonte: http://www.psicosite.com.br/tra/inf/conduta.htm
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